Estudantes do curso de Direito do campus Floresta da Ufac produzem textos sobre a importância dos chamados “empates” para a luta sindical e socioambiental do líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988. A atividade é desenvolvida em parceria com o grupo de pesquisa Novas Faces do Direito do Trabalho, coordenado pelos professores Daniel Galvão e Stefany Vaz Despinoy.
O objetivo do trabalho é lembrar os 35 anos do assassinato de Chico Mendes, completados neste ano, mantendo viva sua história de luta. O coordenador da atividade, professor Daniel Galvão, destacou que os “empates” foram um dos principais mecanismos de resistência à devastação socioambiental promovida pela expansão agropecuária, na década de 1980, no Estado do Acre.
A prática dos “empates” tinha por missão coibir a devastação do território de onde seringueiros e suas famílias tiravam seu sustento; liderados por sindicalistas como Chico Mendes e Wilson Pinheiro, eles formavam barreiras humanas, impedindo a ação de motosserras e tratores dos fazendeiros.
“Nesse sentido, a ideia do trabalho surgiu para que alunas e alunos rememorassem as lutas de trabalhadoras e trabalhadores acreanos em defesa da floresta através da produção de textos sobre o assunto”, disse Galvão.