A Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira, 10, coletiva de imprensa para falar sobre a Operação Hard Rock, ação integrada com os órgãos de Segurança do Estado, que resultou no cumprimento de 26 mandados judiciais contra organização criminosa que atuava com lavagem de dinheiro, decorrente do tráfico de entorpecentes.
Na ocasião, o delegado da PF André Santos Barboza falou sobre a prisão de um acreano, de identidade não revelada, no estado do Rio Grande do Norte, que integrava uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 200 milhões oriundos da prática criminosa.
“A operação demonstra a força das instituições de Segurança Pública. Um dos líderes foi preso no Acre, em 2014, e conseguiu fugir para o Nordeste. Ele cresceu no crime e movimentava milhões no tráfico de drogas, incluindo na fronteira entre Bolívia e Paraguai”, frisou o delegado.
Além do acreano, outros três indivíduos também foram presos durante a ação integrada.
O delegado Fares Feghali, que participou da operação, disse que a ação contou com quase 100 policiais. “Só foi possível devido ao conjunto de forças para combater o crime organizado. Para a sociedade o resultado foi satisfatório”, enfatizou.
Dos mandados judiciais, quatro foram de prisão preventiva, e 17 de busca e apreensão, bem como mandados judiciais de sequestro de imóveis, veículos automotores, avião, bloqueio de valores em contas de 20 investigados e indisponibilidade de investimentos em ações, títulos do tesouro nacional e cédulas de crédito imobiliário. Foi realizado também o bloqueio de mais de R$ 40 milhões.
A ação policial foi deflagrada em 13 cidades de oito Estados. O nome da operação faz referência ao apelido do principal investigado. A investigação foi conduzida pela Força-Tarefa de Segurança Pública, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e organização criminosa, cujas penas, se condenados, podem ultrapassar a 33 anos de prisão.