Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Vereador do Bujari acusado de agressão poderá ser proibido pela Justiça de participar de trabalhos legislativos

No Bujari, os trabalhos legislativos da Câmara Municipal iniciam nesta terça-feira, 7, a partir das 17 horas. Entretanto, o vereador do PCdoB, José Gilvan, pode ser proibido de participar da sessão devido medidas cautelares judiciais, expedidas em favor da vereadora Eliane Rosita (PP), que o acusa de agressão.

De acordo com o delegado Bruno Coelho, o inquérito que apura a denúncia crime será entregue, nesta semana, ao Poder Judiciário. Além disso, Eliane entrou com o pedido de medida protetiva, o que pode impedir que Gilvan se aproxime dela e esteja em ambientes comuns.

“Já estamos encaminhando o pedido de medidas cautelares. Vamos aguardar a decisão judicial”, afirmou Bruno, que vai acompanhar, presencialmente, a sessão de abertura dos trabalhos da Câmara do Bujari.

Em entrevista À GAZETA, o delegado havia informado que José Gilvan era reincidente.

Eliane Rosita é vereadora do Bujari (Foto: Cedida)

“Não é a primeira notícia crime que é registrada, na delegacia, em desfavor desse vereador. E, não temos relato que tenha ameaças ou constrangimentos dessa forma contra homens. Então, tudo leva a crer que pode, sim, ter ocorrido algum tipo de constrangimento em decorrência do gênero ou por questões políticas, pode ter ocorrido essa questão da violência política”, afirmou.

Mobilização

De acordo com a vereadora Eliane Rosita (PP), o movimento de mulheres se fará presente, na primeira sessão da Câmara de Vereadores do Bujari. A manifestação visa pressionar os poderes Judiciário e Legislativo a se posicionarem contra a denúncia de agressão.

Entenda o caso

A vereadora do Bujari Eliane Rosita (PP) denunciou ter sido vítima de ofensas e ameaças por parte do vereador Gilvan Souza (PCdoB), no dia 27 de janeiro de 2023, em sessão extraordinária da Câmara Municipal.

Segundo a parlamentar, durante a discussão de um projeto que retiraria o pagamento de gratificação a servidores municipais da Educação, ao qual ela era contrária, o vereador Gilvan Souza teria iniciado as ofensas e só não teria partido para agressão física porque foi impedido por outro parlamentar.

“Essa violência é desde sempre, num corte do meu microfone, na reprovação dos meus requerimentos. Tem uma frase que ele disse, que não sai da minha cabeça. Quando eu disse que tomaria as minhas providências, ele respondeu: ‘vereadora, aqui quem manda somos nós. Você viu o que aconteceu da outra vez. Ou seja, ele tem a certeza da impunidade”, afirmou Eliane.

Sair da versão mobile