Já imaginou ter que ir nas redes sociais perguntar ao seu chefe se você foi demitido? Foi o que Halli Thorleifsson teve que fazer para conseguir uma resposta sobre o emprego dele. O ex-funcionário do twitter usou a plataforma para perguntar ao CEO e dono da empresa, Elon Musk, se ele estava demitido.
Thorleifsson, que era diretor sênior de design de produto do Twitter, contou à bbc que ficou 9 dias sem saber se tinha sido demitido ou não. Ele disse que em um domingo de manhã ligou o computador para trabalhar e viu que a tela estava cinza e bloqueada, o que indicava que ele estava impedido de acessar o dispositivo e as contas dele no Twitter.
O ex-funcionário disse ter entrado em contato com o próprio Musk e o chefe de RH para perguntar sobre a situação dele. No entanto, as únicas respostas que ele recebeu foram dois e-mails que não foram capazes de responder se ele era ou não um funcionário da empresa.
Frustrado com a falta de respostas, ele foi ao Twitter questionar publicamente o dono da empresa se ainda tinha o emprego dele. “Talvez se pessoas suficientes retweetarem, você me responderá aqui”, escreveu Thorleifsson.
E funcionou a estratégia, já que Elon Musk respondeu ao tweet e os dois tiveram algo como uma “entrevista de demissão” na plataforma. Logo depois, Thorleifsson disse que o departamento de recursos humanos entrou em contato com ele e comunicou que ele tinha sido demitido.
Mas não parou por aí. A troca de tweets foi muito compartilhada e Musk e Thorleifsson trocaram mais farpas na rede social. Em resposta a outros usuário, Musk criticou o ex-funcionário e disse que “a realidade é que esse cara (que é rico) não fez um trabalho de verdade, e deu como desculpa que tinha uma deficiência que o impedia de digitar, mas estava tweetando sem parar”
Thorleifsson então respondeu à publicação de Musk com uma explicação sobre as condições que o tornam PCD e falou sobre os efeitos que a distrofia muscular causam no corpo dele. No final, ele cita a thread ironizando o fato do Elon Musk não conseguir ir ao banheiro sozinho e diz conhecer o sentimento. “A única diferença é que não posso fazer isso por causa de uma deficiência física e você tem medo que alguém que você feriu o ataque enquanto você faz cocô.” completa Thorleifsson.