A Saúde do Acre recebeu nesta segunda-feira, 13, doses de vacinas contra a mpox, doença também chamada de ‘varíola dos macacos’. Ao todo, o estado recebeu 36 doses.
Essas doses serão aplicadas em 18 pacientes que vivem com HIV/aids (PVHA) e são acompanhados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie).
No Brasil, a vacinação contra a mpox deverá estar disponível em todos os serviços de vacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, nessa primeira fase da campanha a imunização focará em grupos de risco para as formas graves da doença, como pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus.
No Acre, apenas pessoas que vivem com HIV/AIDS com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células serão vacinadas. O crie fará o agendamento destes pacientes, que serão imunizados em casa e em sigilo para não expor as pessoas.
Até o momento, o Acre registrou apenas um caso de varíola do macaco, em julho de 2022. No total, o estado tem 46 casos notificados, sendo 43 descartados, um suspeito e um com perda de seguimento.
Público-alvo
Ainda segundo a pasta, neste primeiro momento, essa população-alvo seguirá as seguintes recomendações:
No caso da vacinação pré-exposição ao vírus, receberão as doses:
- Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses [condição que deixa o sistema imune menos capaz de combater determinadas infecções]. De acordo com o Ministério da Saúde, este público representa atualmente cerca de 16 mil pessoas em todo o país;
- E profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da monkeypox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Já no caso da vacinação pós-exposição ao vírus, receberão as doses:
- Pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas,prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da OMS.
Em ambos os casos, quem já foi diagnosticado com a mpox ou apresentar uma lesão suspeita no momento da vacinação não deverá receber a dose.