A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), realizou na madrugada desta quarta-feira, 22, mais um transplante de fígado, sendo este o terceiro do ano. Agora somam-se 65 transplantes realizados desde o início do programa, em 2016.
O órgão, que chegou por volta de meia-noite, com o apoio da aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), é proveniente de Brasília.
O receptor, F.A.M.S, 69 anos, natural do município de Feijó, é portador de cirrose hepática por vírus da hepatite C e teve o quadro agravado devido evolução com hepatocarcinoma, aguardava na fila de espera por um fígado desde julho de 2022.
“O receptor internou aos cuidados assistenciais da equipe da Fundhacre, por volta de 14h da terça-feira, 21. A cirurgia, que ocorreu sem intercorrências, teve início de imediato, assim que o órgão chegou, e durou cerca de seis horas”, salienta a enfermeira Valéria Monteiro, coordenadora do Transplante Hepático na Fundhacre.
Com o término da cirurgia, o paciente foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde segue estável aos cuidados da equipe assistencial da UTI e da equipe de transplantes.
Ambulatório do Transplante Hepático
Os dois primeiros transplantados do ano tiveram alta médica e já passam pelo ambulatório do transplante hepático, que conta com uma equipe multidisciplinar especializada em transplantes, com atendimento de enfermagem, na área de psicologia e apoio administrativo para agendamento de exames.
A receptora Francisca das Chagas Gomes, de 66 anos, de Rio Branco, recebeu o transplante no dia 10 de fevereiro. “Já estou no ambulatório, feliz e muito bem atendida. Agora vou ter mais saúde e mais tempo para viver com meus netos, filhos e família. Agora é uma vida nova”, afirma.
Para o transplantado Jonas Bezerra, 56 anos, natural do município de Ipixuna /AM que aguardava na fila de espera por um fígado desde outubro de 2019, o momento é de muita gratidão.
“Quero agradecer a Deus, a toda equipe médica que participou da cirurgia, e as enfermeiras que sempre estão com a gente. Meus exames estão perfeitos. Está ocorrendo tudo bem. Agora é continuar tendo uma boa recuperação, voltar às atividades normais, tocar a vida com fé em Deus”, afirma Jonas.
Entenda o processo
Para viabilizar o processo de captação e transplantes é necessário a integração e envolvimento de uma equipe multidisciplinar, incluindo profissionais da Organização de Procura de Órgãos (OPO) vinculada à Central Estadual de Transplantes, com a coordenação da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) que viabiliza a distribuição e logística para a chegada do órgão.
A Força Aérea Brasileira (FAB) que entra com o suporte do transporte dos órgãos. Já a equipe da Fundhacre viabiliza toda estrutura, assistência técnica, logística para equipe de transplantes e receptores dos órgãos, além da viabilização de um grupo cirúrgico com excelência em procedimentos desse porte.