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Acreano formado em Cuba integra equipe do novo Mais Médicos enviada para terras indígenas

Brasília (DF - Caminhos da Reportagem Yanomami - o direito de existir - Idoso Yanomami é atendido em posto de atendimento emergencial de saúde. - Foto: TV Brasil/Divulgação

O acreano Rosivanio de Lima Pereira Kaxinawá, de 34 anos, é um dos médicos que integra uma equipe de 117 profissionais de saúde enviados a 29 distritos sanitários especiais indígenas, incluindo o Território Yanomami, que enfrenta situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Rosivanio deixou a aldeia indígena onde vivia, em 2007, no Acre, para cursar medicina na Escola Latino-Americana, em Cuba.

Especializado em medicina da família, ele fala um pouco sobre como é levar atendimento médico para dentro das comunidades.

“Sei da realidade do meu povo, do sofrimento que é ir para a cidade e pegar uma ficha de saúde às 3h da manhã para ser atendido. Hoje, podemos levar atendimento para dentro da comunidade, para que o indígena não saia da sua aldeia. Já é um grande fato. Podemos contribuir e melhorar nesse sentido”.

O envio dos 117 profissionais para distritos indígenas de todo o país acontece no âmbito do programa Mais Médicos pelo Brasil, relançado pelo governo federal na última segunda-feira (20). Na semana passada, a pasta realizou um evento de recepção aos novos profissionais, que foram apresentados às secretarias de atenção primária à saúde e de saúde indígena. Atualmente, os 34 distritos do país contam com 227 profissionais em atuação.

Rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, o programa, criado em 2013 e marcado pela contratação de médicos cubanos, passa a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e promete priorizar profissionais brasileiros.

Do total de novas vagas para este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, o que, de acordo com o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento é de R$ 712 milhões por parte da União apenas em 2023.

Com informações Agência Brasil

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Bruna Mello: