De acordo com a Defesa Civil de Rio Branco, as chuvas registradas desde a madrugada desta quinta-feira, 22, já correspondem a 50% de todo esperado para este mês, que é de 270,1 milímetros.
Em Rio Branco choveu 172 milímetros nas últimas 14 horas. Segundo o coordenador do órgão de proteção, tenente-coronel Cláudio Falcão, ao menos 20 bairros foram atingidos pela chuva intensa, sendo o Calafate e Belo Jardim os mais prejudicados.
“Já registramos mais de 40 ocorrências na cidade, todas relacionadas a quedas de muros, casas e alagamento de ruas”, frisou o gestor.
Falcão salientou que equipes estão trabalhando para atender as famílias atingidas, e pediu cautela das pessoas que caminham em ruas atingidas pelas chuvas.
“Pedimos que a população tenha prudência. O risco é altíssimo de acidente. A partir do momento que a pessoa transita em ruas que estão alagadas ela não tem a visibilidade do chão. Pode cair no buraco e ser eletrocutada. Os motoristas também devem evitar de tentar passar com seus veículos, pois podem ficar presos dentro do carro”, pontuou.
O coordenador alertou que uma corrente de lâmina d’água de trinta centímetros já é suficiente para arrastar uma pessoa. “De repente jogar num bueiro, causar afogamento e morte. Então, por isso que é muito arriscado. As pessoas devem se preservar e preservar principalmente sua segurança e vida”.
O coronel falou sobre a possibilidade de remoção de famílias das áreas atingidas pelo alagamento.
“É claro que precisaremos fazer a remoção de famílias se caso for necessário. Até o presente momento não removemos ninguém, mas as equipes estão de prontidão. Em relação as famílias que não têm para onde ir, precisamos providenciar abrigos”, disse.
Falcão falou sobre a previsão do tempo para os próximos dias. “Temos previsão de chuva para o final de semana, inclusive com alerta amarelo para a comunidade, podendo chegar a cinquenta milímetros a cada dia. Isso ocorrendo, vai ultrapassar o que é esperado para todo mês. Isso acontecendo teremos ainda mais transtornos. Com as famílias, com os bairros, com ruas alagadas, e, depois do alagamento, vem a outra parte, que é o risco geológico com movimentação de massa afetando edificações. Enfim, é um momento de crise e que a gente precisa dar conta e atender da melhor forma”, concluiu o coordenador.