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Comerciante que está há meses morando no pátio do Pronto-Socorro pede ajuda do poder público: ‘não tenho pra onde ir’

Alegando não ter para onde ir, o comerciante Marivaldo da Silva Ferreira, de 44 anos, está, há mais de um mês, morando em uma barraca montada no pátio do pronto-socorro de Rio Branco. Os funcionários contam que, antes de entrar no terreno do PS, a barraca estava montada do lado de fora do hospital, mas como uma banca de vendas.

Segundo funcionários do hospital, o homem já realizou, inclusive, uma ligação elétrica clandestina, o chamado “gato”, pra facilitar a moradia.

À reportagem de A GAZETA, seu Marivaldo contou que morava em um barraco e mantinha, há anos, uma banca de comércio improvisada próxima ao hospital. Mas, depois que se separou da esposa, decidiu levar a barraca para dentro do pátio do PS.

“Vendo meus produtos há 15 anos perto do PS. Minha barraca ficava fora do espaço do hospital, mas como ‘pegava’ muito sol, e era roubado, acabei vindo aqui para dentro. Faz um bom tempo que estou por aqui. Decidi viver na local, isso há alguns meses, onde vendo minha mercadoria. Depois que me separei da minha esposa, tive um problema grande com a solidão, e aqui não me sinto tão sozinho. É como se fosse realmente o meu lar”, disse Ferreira.

Marivaldo confirmou que que fez uma ligação de energia elétrica clandestina no local e disse que não quer “confusão”.

“Quero apenas continuar trabalhando, quero ajuda das autoridades, mas não consigo uma oportunidade de falar com eles. Gosto muito daqui, pois é um lugar onde tem muita gente. Gosto da companhia das pessoas, mas se tiver uma solução para o meu problema, não vou atrás de confusão com ninguém”, afirmou ele.

Banca de vendas, que antes funcionava próxima ao PS, foi levada para dentro do pátio do hospital e agora funciona também como moradia para seu Marivaldo

A direção do Pronto-Socorro informou à reportagem do site A GAZETA que já solicitou a saída do homem do local. Porém, ele alega que não tem para onde ir. A direção diz também que documentos oficiais foram enviados para a Prefeitura de Rio Branco, por meio da por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), e para a PMAC, solicitando a retirada do desabrigado. As providências estão sendo aguardadas.

 

 

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