Em nota publicada nesta terça-feira, 14, a Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre (Federacre) e a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) se manifestaram sobre a operação deflagrada pelo MPF e a Polícia Federal, intitulada Operação Ptolomeu, que tem como alvo a cúpula do Governo do Acre.
Ao todo, a 3ª fase da Ptolomeu cumpriu 89 mandatos de busca e apreensão no Acre e em outros seis estados. Além disso, R$ 120 milhões em bens foram apreendidos e 15 empresas tiveram suas atividades suspensas por determinação judicial. Gestores do alto escalão do governo também foram afastados, nesta terceira fase.
Segundo a nota, as entidades entendem a atribuição dos órgãos de fiscalização, mas alertam para o reflexo da operação na economia acreana.
“Iniciada há mais de um ano, a operação ainda encontra-se em fase de coleta de evidências ou provas, assim como bloqueio de bens e afastamento de servidores públicos, sem que até o momento sejam apresentados à sociedade resultados concretos ou mesmo uma denúncia formal, para que os envolvidos tenham condições de defesa”.
A entidades pedem celeridade nas investigações, para que não haja maiores prejuízos às empresas e à população em geral.
“Nesta nova etapa da operação, verificamos consequências drásticas, com impedimentos de 15 empresas que empregam centenas de trabalhadores e no afastamento de gestores públicos de pastas estratégicas, descontinuando suas ações. Para um estado dependente de investimentos públicos, com quase 50% da população fazendo uso de algum tipo de benefício social, com cerca de 18% de desempregados e que ainda busca alinhamento com ações do governo federal, significa um grande golpe para a nossa economia e a certeza do aumento das inúmeras mazelas sociais”, diz trecho do texto.
Por fim, os representantes das entidades se solidarizam com as empresas e com o governador Gladson Cameli.
“Expressamos nossa solidariedade às empresas que sofrem brutal consequência, as quais são responsáveis por garantir que centenas de famílias trabalhem e sobrevivam dignamente. A suspensão de contratos é compreensível, porém, paralisar todas as atividades desses empreendimentos e bloquear toda e qualquer movimentação financeira configura-se em um pré-julgamento, o que não é justo. Não se pode desprezar o princípio da presunção de inocência. Reiteramos também nosso respeito e confiança no trabalho do governador Gladson Cameli e nos solidarizamos com seu sofrimento neste momento tão difícil de sua administração”.
Leia a nota na íntegra: