O governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), orienta a população acreana a evitar viagem ao Peru, país vizinho e fronteiriço com cidades acreanas.
Na manhã desta quarta-feira, 1º, foi promovida uma reunião na Casa Civil sobre as relações de translado entre os países e as dificuldades enfrentadas.
O pedido para evitar o deslocamento para o Peru parte da avaliação sobre os conflitos internos que ocorrem no país vizinho e a dificuldade de ação brasileira em solo estrangeiro para auxiliar os brasileiros em caso de intercorrências e necessidades.
“É recomendado que alertemos a população, principalmente no período de feriados, a não ir ao Peru a turismo, somente em caso de extrema necessidade, uma vez que não temos segurança jurídica para garantir o trânsito e depois a repatriação dos brasileiros no território peruano. É desaconselhável a realização de viagens a turismo no país vizinho”, explica o gestor da Seasd, Lauro Santos.
Participaram da reunião o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro; o comandante do 4° Batalhão de Infantaria de Selva (4° BIS), tenente coronel Guilherme Naves; o superintendente da Agência Brasileira de Inteligência no Acre, Éder Manfrin; a presidente do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas/AC); e a assessora técnica regional da Pastoral do Migrante, Aurinete Brasil, entre outros participantes.
“O Ministério Público do Acre está à disposição para colaborar, com a atuação na ponta, por meio do trabalho do promotor de Justiça Juleandro Martins, fiscalizando e cobrando os órgãos e contribuindo com a sua visão sobre as questões mais sensíveis na área de fronteira, ou no que possamos auxiliar com as demais instituições, por meio do Grupo de Atuação Especial em Contextos Migratórios”, explica o procurador-geral, Danilo Lovisaro.
FLUXO DE MIGRANTES
O governo do Acre por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd) deliberou, em reunião realizada nesta quarta-feira, 1º, a implementação de um gabinete de crise, com uma sala de situação, sobre o crescente fluxo de entrada de migrantes no território do Acre.
“Considerando o fluxo migratório dos peruanos e venezuelanos, e dado o cenário que temos de iminência de conflitos e do aumento de fluxo de migrantes nos municípios e nas casas de passagens, decidimos criar esse gabinete para avaliar e acompanhar o andamento das ações”, destaca o titular da Seasd, Lauro Santos.
Participaram do debate o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro; o comandante do 4° Batalhão de Infantaria de Selva (4° BIS), tenente coronel Guilherme Naves; o superintendente da Agência Brasileira de Inteligência no Acre, Éder Manfrin; a presidente do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas/AC); e a assessora técnica regional da Pastoral do Migrante, Aurinete Brasil, entre outros participantes.
“Por diversas razões, a pessoa se torna migrante e a nossa lei de migração favorece a acolhida dessas pessoas. Precisamos acolhê-las da melhor forma possível. E vamos fazer isso de acordo com a lei e com o esforço de cada um de nós, com os sentimentos de humanidade e empatia com relação ao próximo. Além da acolhida, é importante ressaltar que, juntamente com a migração, há uma série de ilícitos que também devem ser reprimidos em âmbito federal e estadual”, acrescenta o procurador-geral, Danilo Lovisaro.
Governo do Acre mantém alerta sobre risco de viajar para o Peru devido a protestos