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‘Minha profissão é um sonho realizado’, diz única motorista de caminhão interestadual do Acre

Dirigindo pelas estradas do país enquanto exerce uma profissão dominada por homens, a motorista de caminhão Leonice Amorim da Silva, de 45 anos, é um dos exemplos de mulheres do Acre, com atuação de destaque, para se celebrar no Dia Internacional da Mulher, uma data que traz discussões sobre o papel da mulher na sociedade, sua atuação no mercado de trabalho e a representação feminina nos espaços de poder.

Leonice trabalha há 4 anos levando o artesanato acreano para diversos estados do Brasil, e é a única acreana motorista de caminhão interestadual.

Nascida em uma família em que o pai, os tios e os irmãos tinham o mesmo trabalho, o respeito e a admiração pela profissão existem, desde que era criança, segundo ela, além do amor por coisas que são proporcionadas pela sua ocupação, como o sentimento de liberdade e a possibilidade de conhecer outros lugares.

Realizando viagens que duram, em média, 20 dias, ela expõe que entre as maiores dificuldades do trabalho está no tempo que fica longe da família. Casada e mãe de uma criança de 5 anos, a motorista transporta mercadoria para as feiras artesanais de todo o Brasil, que costumam acontecer de três em três meses.

Apesar da saudade, a caminhoneira afirma que sua profissão, assim como de sua família, é uma grande satisfação.

“Me sinto muito realizada e muito feliz. Amo minha profissão e trabalho com muita responsabilidade e dedicação”, diz a motorista.

Ao ser questionada sobre a experiência de ter uma profissão em que a maioria dos trabalhadores são homens, Leonice relata que é gratificante receber o respeito, o carinho e a admiração dos colegas.

“Já aconteceu de chegar em determinadas cidades e depender do GPS, me perder, ou o meu caminhão quebrar, e colegas da estrada me ajudarem. Essas situações são muito gratificantes porque vejo respeito e carinho”, conta ao site A GAZETA.

Única mulher caminhoneira interestadual do Acre. Foto: Arquivo Pessoa.

A profissional já conheceu cerca de seis estados brasileiros, trabalhando com o caminhão do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que foi criado pelo Governo Federal, em 1991, com o objetivo de desenvolver atividades que valorizem o artesão brasileiro, elevando o nível cultural, profissional, social e econômico, além de desenvolver e promover o artesanato e a empresa artesanal.

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