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Obras artísticas do povo Huni Kuin do Acre estarão em exposição no Museu de Arte de São Paulo

Movimento dos artistas Huni Kuin (Mahktu), 2017. FOTO: Eduardo Ortega

A partir do dia 24 de março, o MASP (Museu de Arte de São Paulo) apresentará a exposição ‘Mirações’, do Movimento dos Artistas Huni Kuin (Mahku), reunindo cerca de 120 pinturas e desenhos que se originam das tradições, mitos e histórias dos artistas da aldeia Chico Curumim, da terra indígena Kaxinawá, localizada no município acreano do Jordão.

O título da exposição, ‘Mirações’, retrata as obras que são resultados de experiências visuais geradas pela ingestão da bebida ayahuasca, que acontece durante os rituais ancestrais.

O grupo Mahku foi criado em 2013, no curso de Licenciatura Indígena da Universidade Federal do Acre (Ufac), por um trabalho acadêmico que transformou os cantos tradicionais do povo Huni Kuin em desenhos figurativos.

A partir do contato de populações indígenas aldeadas com a universidade surgiu a primeira exposição, em 2011. A partir disso, utilizando a arte, os Huni Kuin se apropriam dessa estratégia para propagar suas histórias e mitos.

A exposição ‘Mahku: Mirações’, vai reunir pinturas, desenhos em papel e tela, esculturas, áudios com cantos, vídeo documentário e uma pintura de grandes dimensões elaborada diretamente nas laterais da escada do museu, seguindo, assim, a tradição do coletivo de realizar uma intervenção artística nos espaços expositivos que ocupam, criando uma conexão física e espacial entre mundos.

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Isabelle Freitas: