Além da garra e da disposição para competirem no Festival Sesi de Robótica 2023, que teve início na quarta-feira, 15, e se estende até este sábado, 18, no Estádio Mané Garrinha, em Brasília, duas equipes de estudantes de Rio Branco puderam aproveitar, dias antes da competição, no Campus da Ufac, em Rio Branco, da prática da yoga e seus diversos benefícios, como maior foco e concentração, redução do estresse, ansiedade e depressão, além do aumento da criatividade, o que, aliás, não falta a esses jovens.
O Acre participa do torneio nacional com as equipes “Acrebóticos” e “Jungle”, da Escola Sesi. Danielle Sampaio, psicóloga da Uninorte, que desenvolve os projetos Cuidar e Saúde Mental, na instituição de ensino, comentou sobre a ação desenvolvida com os alunos.
“Esses projetos, feito por meio de uma parceria da Uninorte com o Sesi, são voltados para as ações de promoção de saúde mental, com foco nos alunos e professores. Então, junto com a Marcela Mastrangelo, que é acadêmica de Psicologia, desenvolvemos essa ação. A proposta, este ano, é que a gente traga práticas alternativas, integrativas, que promovam saúde mental na escola. Tanto para os colaboradores, quanto para os alunos. Estamos iniciando essas atividades. O foco é a saúde, é promover saúde, e, consequentemente, prevenir doenças e algum tipo de transtorno emocional, ou, pelo menos, auxiliá-los nesse processo”, pontuou a profissional.
Marcela Mastrangelo, terapeuta sistêmica e acadêmica do curso de Psicologia-Uninorte, enfatizou que o projeto, além de ser uma atividade do Estágio III do curso de Psicologia-Uninorte, também faz parte de um anseio pessoal de mostrar a importância das práticas integrativas. “São diversos benefícios, como conseguir a atenção plena, viver o momento e combater o grande mal a que estamos sujeitos na atualidade, a ansiedade e depressão, sempre com o intuito de ensinar e conscientizar crianças e adolescentes. Com essa parceria, desencadeada pela figura central da professora e psicóloga Daniela Sampaio, estamos podendo através da Escola Sesi, dá vida para essa atividade que visa a promoção e prevenção de saúde mental”, enfatizou.
Aneliza Souza Silva, administradora e professora de Yoga, também falou sobre esse universo, da prática de exercícios, que combina respiração, posições corporais, flexibilidade e meditação.
“Sou administradora, com larga experiência em planejamento e estratégia, mas mudei de vida totalmente com a maternidade. Quando deixei o mundo corporativo para me dedicar a minha filha. Nesse período, mergulhei de cabeça no universo do Yoga, pois a prática se tornou meu momento de paz. Quem é mãe sabe como é essa fase. E, estudando muito a filosofia, a prática e a neurociência do Yoga, falo com conhecimento de causa, a conexão, o olhar para dentro, o aquietar a mente, e se reconectar com sua essência, são ferramentas fundamentais nesse mundo de alta velocidade e de excesso de informação. Minha maior busca é compartilhar com as pessoas o poder de alguns minutos de conexão, do corpo, com a mente e as emoções, podem fazer a diferença para o dia e a vida de quem pratica”, frisou.
Francisco de Assis, professor do Sesi e coordenador da equipe Acrebóticos, falou sobre a participação dos alunos.
“Ficamos em quarto lugar na competição regional, da qual participaram 36 equipes. No Festival Nacional de Robótica, a nossa modalidade tem 100 equipes. Essa ação desenvolvida com os estudantes é de fundamental importância para buscar o equilíbrio necessário dentro da competição, ajudando na questão da respiração, do controle emocional. É a segunda vez que nós estamos indo pra nacional e esperamos alcançar bons resultados. Este ano, o tema é ‘Geração, Consumo e Distribuição de Energia’. A expectativa é que possamos ficar no top 10. O torneio é muito mais do que ganhar o primeiro lugar, e sim, compartilhar conhecimentos, além de fazer amizades, é claro”, comentou.
Patrícia Cavalcante, professora do Sesi e técnica da equipe Jungle, também destacou os benefícios dos projetos e da participação dos alunos nos jogos.
“Nessa modalidade, os alunos montam uma uma escuderia, que é uma startup em que eles começam a movimentar finanças. Os alunos trabalham o empreendedorismo empresarial e social. Aprendem como as as grandes empresas do mundo, com as grandes multinacionais, como são geridos os negócios. Também temos nosso projeto social, que, este ano, tem o objetivo de levar tecnologia para as escolas públicas. Sobre essas atividades na Ufac, parabenizo a psicóloga Danielle e a Marcela, por realizarem o projeto com os nossos estudantes, e também com os funcionários da entidade. Uma ação que tem dado muitos resultados positivos”, enfatiza a professora.
Maria Regiana, diretora da Escola Sesi, relatou sobre a importância da prática da yoga em um ambiente competitivo e de confraternização.
“Então, a proposta, primeiramente, é de socialização, de uma atividade de cooperação e de união, além de meditação, relaxamento e descontração. A prática da yoga é muito bacana, e todos gostaram da iniciativa. Eles saem do campo da tensão, que é natural para que participar de alguma competição.
É uma satisfação pra nossa escola participar da competição nacional”, concluiu a gestora.
Sobre as equipes
ACREBÓTICOS – A equipe Acrebóticos, formada pelos alunos João Victor Pereira, Danyel Ferreira Cruz, Yasmim Peredo, Heitor Justo, Maria Eduarda de Souza e Lara Fernandes, e que tem como técnico o professor Francisco de Assis Souza, irá disputar a First Lego League Challenge, modalidade em que os estudantes constroem robôs feitos de peças de Lego, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada, que, neste ano, é energia.
JUNGLE – A equipe Jungle, formada pelos estudantes Antônio Eduardo de Araújo, Ana Sara Anute, Cauã de Oliveira Forneck, Davi Fernandes Mesquita, Isabele Fonteneles Cavalcante e Leonardo Freire Filho, e que tem como técnica a professora Patrícia Cavalcante e como técnico suplente Keudhêyson Silva, irá disputar a F1 in Schools, projeto educacional da Fórmula 1 que instiga os alunos a montarem escuderias. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento.