A direção da escola de Ensino Fundamental Neutel Maia, em Rio Branco, está sendo alvo de investigação da Secretaria de Estado de Educação (SEE) e do Conselho Tutelar sob a acusação de ter negligenciado a denúncia de uma criança de 12 anos, que teria relatado a funcionários da instituição que estava sendo abusada sexualmente pelo próprio pai.
A criança, ao perceber que não receberia nenhum tipo de acolhimento por parte da escola, decidiu escrever uma carta a mãe, relatando tudo que estava acontecendo. No entanto, o fato somente se tornou público, após uma das irmãs tomar conhecimento do caso, seis meses após o relato da menina, e denunciar às autoridades.
“Ela disse que foram três vezes que o pai tocava nela, uma vez colocou ela para assistir pornografia e ficava tocando nela, induzia ela a tocar nele também e ela se esquivava. Ele passava a mão nas partes íntimas dela. Quando isso aconteceu, ela foi pedir socorro à escola e a escola disse que ia orar, disse que a menina tinha que contar para a mãe dela, que isso era uma coisa muito séria e a escola não fez nada”, contou a irmã em entrevista à Rede Amazônica.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação e Esportes (SEE) informou que irá apurar os fatos, e que um procedimento administrativo será aberto. “O posicionamento da instituição de ensino não condiz com os procedimentos adotados pela pasta”, diz a SEE.
Em sua defesa, a direção da escola negou que tenha tido conhecimento sobre o caso.
“Nós não tivemos conhecimento em relação a essa aluna. Conversamos com as coordenadoras anteriores, com o gestor anterior da escola, os três não tiveram conhecimento desse fato de que ela estava sofrendo abusos. O procedimento da escola é bem claro, quando chega uma situação dessas, primeiro ouvimos o caso específico do aluno, posteriormente a família e encaminhamos ao Conselho Tutelar. Então essa é a orientação, como não tivemos conhecimento desse fato, não pudemos fazer nada”, afirmou a diretora da escola, Maria de Jesus.
*Com informações do G1 Acre