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Hitalo Marinho é condenado a 31 anos de prisão por assassinar a esposa Adriana Paulichen

Depois de três dias de julgamento, declarações polêmicas e diversas testemunhas, o Tribunal do Júri da 2⁰ Câmara Criminal de Rio Branco, sentenciou na tarde desta quinta-feira, 16, Hitalo Marinho Gouveia, a 31 anos de prisão em regime fechado, pela morte da esposa Adriana Paulichen, que descobriu traição do companheiro com sua melhor amiga. O crime ocorreu em julho de 2021, no bairro Estação Experimental, em Rio Branco.

A sentença foi proferida pelo juiz Alesson Braz. Segundo o magistrado, a pena, de mais de três décadas, se deu devido a prática do feminicído ter sido feito com qualificadoras (elementos previstos em um crime específico, que o enquadra em um tipo penal mais grave), e por ter sido cometido na presença do filho, Kalel, que à época, tinha um pouco mais de 2 anos.

“O ciclo de violência é gradativo e vai terminar no Poder Judiciário. Veja muitas autoridades na luta pela luta do gênero. Briga de marido e mulher tem que meter a colher. Que a sociedade denuncie os casos de agressões contra a mulher”, frisou Braz.

Na terça-feira, 14, foram ouvidas 10 testemunhas de acusação e defesa, entre eles, parte da família da vítima, de Marinho, amigos do casal, além de uma vizinha que relatou em juízo ter ouvido inúmeras discussões entre os dois.

Na quarta-feira, 15, o réu foi interrogado por mais de três horas. Seu depoimento foi marcado por acusações do assassino em relação ao comportamento de Adriana. Hitalo chegou a alegar que só cometeu o assassinato para defender o filho das agressões da mulher, que segundo ele, o ameaçava de morte.

Nesta quinta-feira, 16, foi realizado o debate entre a promotoria e a defesa de Gouveia. Na ocasião, o Ministério Público voltou a defender a condenação de Hitalo, o que foi debatido pelo advogado do acusado, Sanderson Moura, salientando que seu cliente não era agressivo, citando que não houve estrangulamento.

Hitalo Marinho, de 35 anos, foi encaminhado ao Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde (Foc), local onde aguardava julgamento há quase dois anos. Ele cumprirá a pena inicialmente em regime fechado.

 

 

 

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