Segundo a pesquisa divulgada pelo Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, em parceria com o G1 e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os índices nacionais indicam que em 2022, no Acre, houve um aumento de 19% no número de mortes violentas comparado ao ano anterior.
As informações foram divulgadas pelo Monitor de Violência da USP, nesta quarta-feira, 1. A pesquisa mostra que, em 2021, 181 pessoas foram mortas violentamente no estado, enquanto no ano passado, foram registradas 216 mortes, sendo mais de 190 homicídios dolosos (crime com intenção), cerca de 90 execuções e 12 feminicídios.
O governo do estado declara que o acirramento de confrontos armados entre organizações criminosas é o principal motivo do aumento desse índice, e que já existe um trabalho de combate para conter o problema através da padronização do sistema prisional, do maior policiamento nas áreas de fronteira e dos novos equipamentos para as forças de segurança.
A diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, reforça que o fator que mais influência nos indicadores de violência no país é a dinâmica do crime organizado.
“Hoje, não tem nenhum estado do país que não tenha que lidar cotidianamente com a presença do crime organizado”, diz.
Entretanto, apesar do aumento das mortes violentas no Acre, foi registrado também uma queda de mortes cometidas pelas forças policiais, com 58% de incidentes a menos, comparados com o ano de 2020. Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre, um trabalho de capacitação foi realizado para que os policiais possam realizar a ação policial com menor risco à sociedade.