A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 16, a Operação Fata Morgana, com a finalidade de investigar diversos crimes envolvendo empresas da área de construção civil e funcionários do Deracre e da Seinfra.
Foram mobilizados 88 policiais federais, em quatro unidades da federação (Acre, Amazonas, Santa Catarina e São Paulo), que cumpriram 19 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de suspensão do direito de participar de licitações e de firmar contratos com órgãos públicos e três suspensões do exercício da função pública.
A investigação foi iniciada a partir de Nota Técnica da CGU, que apontou diversas irregularidades relativas a contratos, entre o Deracre e a Seinfra e um consórcio de empresas de engenharia. O prejuízo estimado é de R$ 5 milhões.
Os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, fraude em licitação ou contrato e falsidade ideológica, entre outros delitos acessórios, cujas penas somadas podem ultrapassar 21 anos de prisão.
Com relação ao nome da operação, trata-se de uma miragem, que se deve a uma inversão térmica, fazendo-se alusão aos ramais, objetos de licitação que receberam milhões de reais em investimento e continuam em situação sofrível no Acre.
Nota do governo
Em nota, o governo do Estado explica que a operação é complementar e tem o objetivo de recolher para análise documentos relativos aos assuntos investigados.
“O governo colabora, como sempre colaborou, com as autoridades, no sentido de combater e evitar o mau uso do dinheiro público, tendo inclusive criado a 1ª Delegacia de Combate à Corrupção”.
A nota diz ainda que os gestores envolvidos já foram afastados de suas funções e que não haverá paralisação de obras necessárias para o desenvolvimento do estado.
“O governo do Estado do Acre reitera o seu compromisso com a transparência e respeito ao cidadão”, finaliza a nota.