Em uma entrevista realizada, na rádio Gazeta 93FM, na manhã desta quinta-feira, 16, o deputado estadual Fagner Calegário (Podemos) contou sobre o golpe financeiro que sofreu, recentemente. “Quando a esmola é demais, desconfie do santo”, alertou o deputado aos ouvintes.
Calegário foi vítima de uma suposta pirâmide financeira, realizada pela empresa Lance Certo LTDA, que dizia trabalhar com trader esportivo, ou seja, com investimentos na bolsa esportiva, através de apostas online, realizadas, principalmente, em jogos de futebol.
Segundo informações divulgadas, no mês de fevereiro, o deputado investiu R$ 1,3 milhão no negócio, para obter o rendimento de 7% do valor total ao mês, e, ao final de 12 meses, teria a opção de renovar o contrato ou pedir a devolução integralmente do valor investido.
Calegário disse que chegou a receber uma pequena parte do dinheiro investido. Entretanto, em novembro de 2022, a empresa emitiu um comunicado, informando que suspenderia saques, transferências e rentabilidades, e foi quando o deputado afirmou que percebeu que se tratava de um “golpe”.
Segundo ele, com o esquema de pirâmide financeira, a empresa pagava os seus investidores com o dinheiro de novos investidores, movimentando mais de R$ 300 milhões, de investidores em todo o Brasil, de acordo com as informações do processo que foram a público.
Na entrevista à Gazeta FM, Fagner falou sobre o prejuízo financeiro que sofreu e alertou o público sobre esse tipo de investimento: “Eles montam um cenário convincente para atrair investidores, mas, quando a ficha cai, a gente (que investiu) perde o chão. Nesses casos, ou a gente se isola e fica deprimido, ou sacode a poeira, cria uma rede de apoio para conversar, se ajudar, trabalhar e reaver o prejuízo”.
Atualmente, o deputado faz parte da comissão do Direito do Consumidor da Assembleia Legislativa, e pontua que uma das próximas atuações da comissão será no combate de pirâmides financeiras no estado do Acre.
Em relação à empresa acreana Xland Investment, focada em criptomoedas, que, atualmente, está tendo enfoque nacional por suposto golpe em um ex-jogador do Palmeiras, Calegário disse que tem estudado sobre o caso, mas enxerga na Xland um outro modus operandi, não a considerando ainda como pirâmide financeira.