Aleksandra Shogenova, de 26 anos, está fazendo sucesso entre o público acreano com seus vídeos de humor no Tik Tok. A jovem é de nacionalidade Russa e mora em Rio Branco há oito meses, quando começou a fazer vídeos na plataforma, para contar, de forma bem humorada, sua experiência vivendo em outro continente. Em entrevista à GAZETA, Aleksandra contou sobre os principais choques culturais, durante esses meses morando no Acre.
Enfrentando temperaturas que ultrapassam os 30 Cº, a primeira coisa chocante para a russa foi o calor acreano: “Tive a impressão de que ia morrer de calor e que não conseguiria ficar muito”, relatou ela.
@russa_no_acre
Aleksandra é professora e veio a Rio Branco, logo após se casar com um acreano. Nesses últimos meses, conseguiu 10 mil seguidores, na rede social, com seus vídeos, nos quais conta a experiência com o idioma e com a cultura brasileira e nortista.
A jovem chegou em Rio Branco, em setembro do ano passado. E diz que, inicialmente, a língua também foi uma dificuldade: “não sei muitas palavras em português, mas já consigo entender as conversas pelo contexto”, conta sobre os avanços, durante esses últimos meses.
Entre os choques culturais percebidos estão os abraços, toques e sorrisos dos acreanos: “Na Rússia, nós só fazemos isso com pessoas próximas. Sempre temos um rosto sério, se a pessoa não for próxima”.
“Uma vez, me convidaram para um churrasco, e, quando cheguei lá, havia mais de 30 pessoas, e era uma festa de aniversário de outra pessoa. Me falaram que isso aqui é normal”, conta. Segundo ela, o choque com a situação se deu porque, na Rússia, as festas de aniversário são com poucas pessoas. “Lá, você já vai sabendo que é um aniversário. Isso, pra mim, foi muito estranho”.
Antes de chegar ao Brasil, Aleksandra relacionava o país apenas ao carnaval, à floresta, ao Rio de Janeiro e São Paulo. Sobre o imaginário envolvendo o Acre, ela contou que alguns russos conhecem o estado por nome e o correlacionam com a Ayahuasca e, curiosamente, com a novela “O Clone”, que é muito famosa na Rússia, e foi escrita pela acreana Glória Perez.