Pacientes com diabetes não conseguem mais pegar insulina de ação rápida no Centro de Referência de Medicamentos Especiais (Creme), em Rio Branco, responsável pela distribuição pela Secretaria de Saúde (Sesacre). A falta do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é um problema nacional e ocorre por entraves nas compras.
A insulina de ação rápida geralmente é usada por pacientes com diabetes tipo 1, quando o pâncreas para de produzir o hormônio. Nesse caso, a caneta de insulina rápida é necessária para manter os níveis de glicose estáveis depois da ingestão de alimentos. Por isso, é aplicada antes das refeições, e faz efeito em torno de meia hora.
No início de abril, o Ministério da Saúde informou aos estados que avaliava medidas para reverter a possibilidade da falta de estoque de insulina de ação rápida, em canetas, no SUS. Entre elas, uma compra internacional, que estava em fase de “avaliação dos documentos enviados pelas empresas” e compra de insulina em frasco.
A coordenadora do Creme, Ana Paula Moreira de Aguiar, explicou que o governo federal enviou uma normativa no último dia 17 alertando para o desabastecimento no estoque da insulina de ação rápida. O documento, inclusive, destacou que não há previsão para o retorno do fornecimento.
Na última segunda-feira, 24, Ana Paula disse que tinha 14 unidades no estoque do Creme e não foi suficiente para atender todos os pacientes.
“Na mesma semana que saiu a notificação do Ministério da Saúde já mandei a normativa para a Secretaria de Saúde porque fiquei sabendo que a rede municipal também não teria a regular e a NPH. Nessa segunda conseguimos atender alguns pacientes, mas, infelizmente, está em falta. Estou tentando saber se poder haver um processo de licitação ou não porque, como é a nível nacional, não tem onde comprar. Estou procurando ainda essa resposta, mas, por enquanto, não tem”, confirmou.
Informações Portal G1 Acre