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Acre tem redução no Índice de Geral de Confiança do Empresário do Comércio, diz Fecomércio

Seguindo a tendência nacional, o Acre apresentou, em abril, o menor Índice de Geral de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) desde janeiro deste ano atingindo 116,8 pontos, segundo pesquisa divulgada na última semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No que diz respeito ao indicador nacional, no mesmo período, a confiança do empresário recuou mês a mês, atingindo a 117,3.

De acordo com o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, a pesquisa avalia, num primeiro momento, as condições atuais do comércio comparando a situação econômica do País, do setor e de atuação da própria empresa em relação ao período anterior.

“O índice nacional retraiu 1,7 pontos em abril, quando comparado ao mês janeiro”, explica Garó, acrescentando ainda que, no mesmo período, o Acre retraiu 7,3 pontos. “Uma observação mais detalhada realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), que leva em consideração um dos indicadores que compõem o Índice Geral de Confiança do Empresário, apontou que o indicador foi de 88,4 pontos, o menor desde abril do ano passado, sendo que 100 pontos é a base da satisfação”, diz.

Ainda de acordo com Egídio, neste indicador, empresas com mais de 50 funcionários são as que mais perderam a confiança. “Situação causada principalmente pela situação econômica brasileira, pela atuação do negócio em seu segmento e com análises da própria empresa em relação ao mesmo período do ano anterior. Vale ressaltar que empresas que negociam produtos não-duráveis, como alimentos, carnes, frutas e legumes; e empresas de bens duráveis, como eletroeletrônicos e eletrodomésticos), sendo as últimas as que mais têm quedas na confiança”, reforça.

O assessor explica que outro indicador utilizado na composição do Índice de Confiança do Empresário do Comércio é, justamente, o que mede a expectativa do empresário. “Este índice tem os mesmos aspectos, mas em relação ao futuro no curto prazo. Tal indicador, da mesma maneira com que o anterior, também vem retraindo desde abril do ano passado, apresentando 156 pontos, 4 pontos menos do que o observado em março”, afirma Garó.

Neste caso, empresas com mais de 50 funcionários também são as que mais apresentam desconfianças com negócios de curto prazo, ainda segundo o assessor. “Do rol de setores pesquisados, o de duráveis é o que mais sente desconfiança no negócio”, fala Egídio, acrescentando que o último ponto analisado é o Índice de Investimento do Empresário do Comércio.

“Este, aborda questões específicas como a expectativa de contratação de funcionários, nível de investimentos em relação ao mesmo período de anos anteriores e níveis atuais dos estoques diante da programação de vendas. E neste índice, os resultados foram maiores se comparados ao mês anterior, indicando que o momento requer investimentos e composição de estoques que garantam a funcionalidade do negócio”, reflete o assessor.

Dos itens que formam este indicador, somente não estão dispostos a contratação, investimentos e estoques, empresas com mais de 50 funcionários e que negociam produtos duráveis, que apresenta um grau de insegurança muito grande, sendo menor do que 100, nível considerado de satisfação. “Em resumo, a maioria dos empresários do comércio não está satisfeita com os rumos que a economia nacional vem tomando, o que inibe a contratação de mão-de-obra, investimentos futuros e a manutenção de níveis adequados de estoque”, finaliza.

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