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Com caso de pólio confirmado no Peru, Unicef alerta para importância da vacinação no AC

Com caso de pólio confirmado no Peru, Unicef alerta para importância da vacinação no AC

Após um caso de poliomielite ser confirmado em Loreto, no Peru, a 500 km da fronteira com o Acre e o Amazonas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) iniciou uma campanha para alertar sobre a necessidade da imunização contra a doença.

Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, mostram que a cobertura vacinal contra a poliomielite caiu de 98,3%, em 2015, para 70,2%, em 2021 no Brasil. Segundo o Unicef, os índices de imunização caíram principalmente entre os povos indígenas.

O especialista em Saúde e HIV do UNICEF, Antônio Carlos Cabral, explica que a instituição elaborou uma série de ações com foco nas regiões de fronteira.

“Iremos reforçar a nossa atenção e apoio para que os municípios dos estados do Acre e Amazonas, prioritariamente os fronteiriços, garantam uma cobertura vacinal assertiva. O UNICEF desenvolveu a Busca Ativa Vacinal (BAV), estratégia para apoiar municípios, contribuir no aumento da cobertura vacinal e atingir as metas preconizadas, fortalecendo a resposta imune individual e coletiva”, destaca.

Ainda de acordo com o Unicef, é necessário que a cobertura vacinal contra a poliomielite seja igual ou superior a 95% para que as comunidades urbanas e rurais (ribeirinhas, indígenas, quilombolas e outras) estejam protegidas.

Como forma de buscar estratégias e sensibilizar gestores, técnicos e lideranças comunitárias na região, o Unicef realizou o encontro virtual “Acre e Amazonas contra a Paralisia Infantil”, transmitido via YouTube. Além disso, em janeiro, a instituição realizou campanhas de incentivo à vacinação infantil em áreas urbanas e terras indígenas em mais de 2 mil municípios que aderiram ao Selo Unicef.

Debora Nandja, chefe do escritório do Unicef em Manaus, ressalta que essas ações são necessárias para impedir o ressurgimento de doenças como a poliomielite, que há 34 anos não tem casos confirmados no Brasil.

“Para o Unicef, prevenir a disseminação de doenças e também evitar o adoecimento e morte que são evitáveis de nossas crianças é fundamental”, conclui.

Portal G1 Acre

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