O governo do Acre, por meio da Defesa Civil Estadual e Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), está coordenando o procedimento de vistoria das casas atingidas pela cheia do Rio Acre em Rio Branco. A ação visa garantir que, após a emissão de laudo indicando condição de habitação, as famílias abrigadas em escolas e outras instalações temporárias tenham um retorno seguro aos lares.
Segundo o coordenador da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Carlos Batista, as vistorias são feitas pelas equipes que contam, ainda, com engenheiro civil da Seop.
Durante a ação, são observados o material de construção – alvenaria, madeira, estrutura metálica ou mista (madeira e alvenaria), a situação do piso, das paredes e da cobertura. Também passam pela avaliação os elementos estruturais, como vigas, lajes e pilares, além da instalação elétrica e o entorno da edificação, incluindo o ambiente externo e terreno.
“Além da vistoria para um retorno seguro, orientamos os familiares para os cuidados com animais peçonhentos, que procuram locais mais altos durante a subida das águas. E, no caso de o laudo do engenheiro civil indicar que a estrutura do imóvel está comprometida e sem condições de habitação, as famílias seguem em abrigos municipais e, conforme for o caso, são encaminhadas para atendimento do aluguel social”, explica o coordenador.
Morando no bairro Cadeia Velha há dois anos, a autônoma Maria Cristiane Lima foi atingida pela primeira vez pela cheia do Rio Acre. Para a moradora, que está abrigada com o marido e o filho de dois anos no Colégio Militar Dom Pedro II, no bairro Santo Afonso, a esperança é de retornar para casa o quanto antes, após a vistoria da Defesa Civil e Seop.
“Desde o começo recebemos o apoio dos bombeiros e depois, no colégio, recebemos toda a assistência dos médicos e de alimentação e tudo. O que eu mais quero agora é voltar para minha casa, porque penso muito no melhor para o meu filho”, relatou.