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Empresa de criptomoedas acusada de golpe milionário perde processo por disputa de terreno no Acre

A Xland Investment, focada em criptomoedas, perdeu mais um processo judicial esta semana. A empresa acreana foi derrotada em uma ação de disputa de um terreno no Acre.

A ação na Justiça teve início quando a EDP Transmissão Norte S/A, venceu uma licitação para concessão de serviços de energia elétrica, que vai desde o Acre a Rondônia.

Porém, um dos locais onde a linha de transmissão deve passar, pertence à Xland, o que motivou a abertura do processo.

A empresa de transmissão, que deve entrar em operação na região até setembro de 2026, alegou que o local é de utilidade pública, e solicitou uma servidão administrativa com pedido de tutela de urgência de imissão na posse, o que foi acatado judicialmente.

A justiça entendeu que as alegações da EDP eram verdadeiras concedendo tutela de urgência e instituindo a servidão administrativa sobre a posse das terras. Por não se defender do processo, a Xland, que teve um malote de pedras preciosas bloqueado na semana passada, por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, perdeu a ação.

A empresa acreana Xland Investment, focada em criptomoedas, foi manchete nacional no início do mês de março deste ano, por suposto golpe no ex-jogador do Palmeiras, Gustavo Scarpa, que atualmente joga no Nottingham Forest, da Inglaterra. O outro atleta envolvido na polêmica, é William Bigode, titular do Fluminense.

Scarpa, que disse investir mais de R$ 6 milhões no negócio, alega ter sido vítima de um golpe milionário envolvendo criptomoedas, por intermédio da empresa WLCJ do atacante do tricolor, que teria ligações com a Xland Investment.

Em outubro de 2022, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 1ª Promotoria de Defesa do Consumidor, propôs uma ação civil pública, visando apurar possível formação de esquema de pirâmide financeira praticado por essa empresa.

A ação é assinada pelo promotor de Justiça Flávio Bussab Della Líbera, titular da 1ª Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor.

Segundo levantamento feito pela Núcleo de Apoio Técnico (NAT), por meio Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB) do MPAC, existem indícios de que a Xland Investment esteja aplicando golpe, um esquema ilícito, pois estaria se aproveitando do fato de que criptomoedas serem ativos financeiros sobre os quais a maioria da população tem pouco conhecimento.

Bigode, que chegou a ter R$ 1,8 milhão bloqueado pela Justiça, negou as acusações e disse que também é vítima de um golpe, pois investiu recursos financeiros em criptoativos e perdeu cerca de R$ 17,5 milhões. O jogador do Fluminense afirma que solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 e até hoje não recebeu qualquer quantia. À polícia, o jogador afirmou que todos os valores estão declarados em seu Imposto de Renda.

Sobre a Xland

A Xland, que tem filial em Rio Branco, tem uma parceria com a WJLC, empresa de Bigode. Em junho de 2020, Willian repassou para Scarpa um arquivo da Xland e escreveu: “Essa apresentação é sobre criptomoedas que conversamos”. Scarpa começou então a fazer investimentos com a Xland. No contrato, a promessa: lucro de “até 5% ao mês”, porém o acordo não foi cumprido.

O MPAC abriu uma ação civil pública contra a Xland. A empresa já responde a três processos na Justiça acreana; um deles relacionado a um calote de R$ 2 milhões nos investidores.

 

 

 

 

 

 

 

 

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