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Estado qualifica médicos e enfermeiros sobre leptospirose

Com a diminuição do nível das ‎águas nas áreas alagadas, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) está se preparando para um possível aumento de casos de doenças de veiculação hídrica (síndrome diarreica, leptospirose, entre outras).

Por isso, nesta quinta-feira, 6, médicos e enfermeiros classificadores que atuam em unidades de saúde do Estado participaram de uma capacitação sobre leptospirose no auditório do Pronto-Socorro de Rio Branco.

Promovida pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) e pela Diretoria de Gerenciamentos de Unidades Próprias (DGUP), a capacitação tem por objetivo debater e atualizar os profissionais sobre o manejo clínico, diagnóstico, sinais e sintomas da doença.

Coordenador do Coes, Edvan Meneses. Foto: Odair Leal/Sesacre

“Esse período que estamos entrando agora, de vazante do rio e de pós-cheia, a leptospirose, arboviroses, síndromes diarreicas e dermatite são algumas das doenças que, pelo histórico, vão mais aparecer. Então, são patologias que serão abordadas em capacitações para relembrarmos algumas coisas”, disse o coordenador do Coes, Edvan Meneses.

De acordo com a infectologista, Irenilce de Matos, é justamente quando voltam para as casas para realizar a limpeza e entram em contato com a lama, deixada pela enchente, que as pessoas ficam mais suscetíveis a adquirir a leptospirose, por exemplo. Dez a quinze por cento dos casos evoluem para gravidade.

“Querendo ou não os sintomas são muito parecidos com outras doenças que também são comuns nessa época. De início podem sentir febre, dor retro-ocular, mialgia intensa e falta de apetite. Passados os dias, em alguns casos, esse paciente pode evoluir com sinais de alarme com náusea, vômito, dor abdominal, icterícia, o olho vermelho e a diminuição da diurese”, explicou a infectologista.

Para o enfermeiro, Jozadaque Bezerra, a iniciativa é imprescindível para manter os profissionais atentos. “É importante qualificar quem está na ponta. Eu, enquanto enfermeiro classificador de risco me sinto mais preparado, quando passo por momentos como esse. Quando o profissional já tem uma preparação, isso vai norteá-lo, até mesmo, numa tomada de decisão mais rápida”, declarou.

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