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‘Floresta em pé não é um obstáculo para o desenvolvimento’, diz representante da SOS Amazônia

Daniela Dias, SOS Amazônia - Foto Brenna Amâncio, Gazeta FM (1)

Em uma entrevista à rádio Gazeta FM, Daniela Dias, coordenadora do Observatório Sócioambiental da Organização Não Governamental SOS Amazônia, falou sobre o regresso da preservação ambiental que vêm ocorrendo no estado do Acre, e as ações tomadas pela ONG para atenuar a situação.

Segundo a representante, a SOS Amazônia está trabalhando, nos últimos anos, em projetos de restauração de florestal em áreas habitadas por pequenos agricultores e comunidades extrativistas, pensados para garantir um fortalecimento da produtividade de sociobiodiversidade, como o açaí, a borracha, o cacau silvestre, o café e o murmuru.

“A subsistência precisa ser garantida. As políticas públicas precisam chegar aos pequeno produtor para que ele produza dentro da lei, combatendo o desmate ilegal, seguindo o Código Florestal, mantendo uma boa qualidade de vida”, acrescenta.

Para que isso aconteça, Daniela ressalta a importância do papel das políticas públicas, que através do fortalecimento nas áreas sociais e ambientais, podem conciliar a preservação ambiental ao desenvolvimento, além de oferecer ao pequeno produtor o acesso a legislação e o conhecimento necessário sobre a regularização das terras.

Daniela acrescenta que uma das principais causas do problema ambiental no Acre, que no ano passado foi o quarto estado brasileiro no ranking das maiores taxas de desmatamento, é a ausência da consciência ambiental e da democratização da informação de qualidade, que não alcança grande parte dos acreanos devido ao enfraquecimento de políticas ambientais.

“O ideal seria conseguir que as pessoas compreendam que a floresta em pé não é um obstáculo para o desenvolvimento. Na verdade, é uma grande oportunidade desde que tenha investimento, planejamento estratégico e esteja incluída no plano de governo”, finaliza.

 

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