A galeria de arte paulistana Almeida & Dale está com uma exposição dedicada ao pintor seringueiro Hélio Melo, que seguirá para visitação até o dia 20 de maio. A mostra reúne mais de 60 obras do artista, que resumem a trajetória do pintor, desde que deixou o seringal, até se estabelecer em Rio Branco.
Segundo o jornal Estadão, a exposição resultou em disputa entre colecionadores, que estão dispostos a pagar a partir de R$ 130 mil pela pintura do amazonense radicado no Acre.
Hélio Melo é natural de Boca do Acre, Amazonas, mas se mudou para o Acre, onde trabalhou como seringueiro, quando também se tornou Hélio Melo escritor, artista, compositor, e músico, sempre como autodidata.
O artista, inclusive, criou cartilhas didáticas com o intuito de preservar o conhecimento sobre a história da borracha na região e a cultura amazônica em geral, narrando experiências, combinando com um imaginário pessoal de lendas e histórias fantásticas.
O curador da mostra de Hélio, o crítico Jacopo Crivelli Visconti, observou que a arte do pintor “é quase uma construção teatral do espaço, que sugere encenação, não uma reprodução ingênua da realidade amazônica”, aponta.
Hélio Melo foi consolidado como o artista do Acre com mais destacado no Brasil, quando, em 2006, suas obras ganharam uma sala espacial na 27ª Bienal Internacional de São Paulo. Além disso, o pintor também está presente no acervo do MAR (Museu de Arte do Rio) por meio de quatro importantes desenhos doados em 2013.
Em sua homenagem, o governo do Acre criou o Teatro Hélio Melo.