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Governo cria plano de ação para acompanhamento de famílias indígenas no pós-enchente

Famílias indígenas são acompanhadas regularmente por equipes de saúde no abrigo da Escola Leôncio de Carvalho, em Rio Branco. Foto: Alexandre Cruz-Noronha

Com a crise emergencial ocasionada pela alagação em alguns municípios do Acre, dezenas de famílias indígenas tiveram que ser alojadas em abrigos temporários. Desde então, o governo do Estado atua de forma integrada com instituições e secretarias para garantir o acolhimento e a assistência em saúde.

Se antecipando ao cenário pós-enchente, as secretarias de Estado de Saúde (Sesacre) e do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), em parceria com o Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena do Alto Rio Purus (Dsei-ARP) e a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) se reuniram nesta quarta-feira, 5, para a construção do Plano de Ação para Acompanhamento das Famílias Indígenas que estão em abrigos.

“A proposta é que continuemos a acompanhá-los durante todo esse processo pós-alagação, que melhoremos o serviço. Nesse sentido, criamos um plano de ação emergencial agora, mas também criamos um programa para referenciar os indígenas que vivem hoje em contexto urbano”, explicou o gestor de políticas públicas da Sesacre, Vanderson Brito.

Para a secretária adjunta da Semapi, Renata Souza, a iniciativa evidencia a atenção por parte do Estado em assegurar o bem-estar desses povos. “A nossa preocupação é com o retorno deles para casa, em relação ao atendimento em saúde. Ficamos felizes com a criação desse plano e estamos aqui para colaborar”, disse.

“É de fundamental importância ter um planejamento, inclusive, ter essa rede de instituições que são afins com a pauta indígena. Eu vejo como um novo momento, até mesmo para que cada instituição possa compreender o seu papel”, declarou o coordenador do Dsei do Alto Rio Purus, Ninawa Huni Kui.

O que consta no Plano

As famílias indígenas já foram catalogadas e, após o atendimento médico realizado no abrigo, serão referenciadas aos serviços de saúde adequados, conforme demandas de baixa, média e alta complexidade. Educação em saúde para a comunidade indígena e educação em saúde aos profissionais das unidades de referência são alguns dos objetivos que também fazem parte do plano de ação.

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