O Centro de Convivência e Cultura Arte de Ser está promovendo uma oficina de confecções de absorventes ecológicos e reutilizáveis, lecionada pela artesã e musicista mestra Zenaide, parteira do Juruá, como uma alternativa para o enfrentamento da pobreza menstrual.
Além do combate ao problema, que é a condição de muitas mulheres e meninas que não têm acesso a produtos básicos para a higiene, no período da menstruação, a oficina também tem o objetivo de garantir uma geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade social, através da venda desses absorventes.
Nesta primeira edição da oficina, o projeto recebeu a inscrição de 20 mulheres, que estão aprendendo a confeccionar absorventes reutilizáveis com diferentes tipos de tecidos, como algodão, flanela e tecido impermeável.
Segundo a socióloga Amanda Schoenmaker, que, atualmente, coordena o Centro de Convivência e Cultura Arte de Ser, oficinas como essas são importantes porque a vulnerabilidade social é um dos fatores que mais impactam a saúde mental.
“É importante contar com espaços que promovam autocuidado, o cuidado mútuo e o diálogo sobre caminhos para a superação de situações que geram o sofrimento”.
O projeto também engloba uma oficina para produção de adereços, como colares e brincos de miçangas, inspirados na arte indígena Ashaninka, e rodas de conversas sobre a saúde física e mental da mulher.
As oficinas de artes manuais tiveram início, no dia 24 de abril, com carga horária de oito horas diárias, e serão finalizadas no domingo, 30, com uma exposição do material criado.
O projeto foi financiado pelo Fundo Municipal de Cultura, através do edital 03/22 (Área de Patrimônio), promovido pela Fundação Garibaldi Brasil, da Prefeitura Municipal de Rio Branco.