A Polícia Civil e familiares receberam notícias de que Ana Maria Rodrigues da Silva, de 41 anos, e a filha dela, Ana Beatriz Rodrigues de Souza, de 11, podem estar em Porto Velho, capital de Rondônia. As duas estão desaparecidas desde o último dia 5 de abril quando saíram de casa, no bairro Jardim Primavera, em Rio Branco, sem avisar aos parentes.
No dia do sumiço, Ana Maria teria dito a uma vizinha que iria encontrar um suposto namorado que conheceu pela internet que mora no Mato Grosso (MT). Segundo os parentes, Ana Maria tem deficiência mental e criança faz tratamento contra epilepsia.
A irmã de Ana Maria, Yasmin Odete, disse que recebeu a ligação de um morador de Porto Velho afirmando ter visto os familiares dela na cidade. O homem afirmou que a mulher que ele viu em um sítio do município parecia muito com Ana Maria.
“Disse que foi fazer um serviço em um sítio e viu uma mulher muito parecida com ela. Isso foi no último sábado [22]. Passei o final de semana ligando na delegacia, mas estava fechada. Na segunda [24] fiz contato e falaram que iam passar para o investigador. Ninguém conseguiu contato com ela e estamos cansando”, lamentou.
Mãe e filha moram na capital acreana. No mesmo quintal, vive também uma ex-cunhada de Ana Maria, que teria visto ela vender os objetos da casa antes de sumir para conseguir juntar dinheiro para a viagem.
Yasmin diz que a família segue bloqueada nos contatos telefônicos de Ana Maria. “Pessoas que ligavam de números diferentes conseguiam fazer a chamada, mas agora nem isso mais. Até agora ninguém falou com ela, a família segue muito preocupada. Estamos orando para que estejam bem e confiando na polícia”, contou.
O delegado responsável pelas investigações, Samuel Mendes, afirmou que o investigador que estava no caso entrou de férias, mas os trabalhos continuam. Segundo ele, já foram ouvidas testemunhas, vizinhos, as empresas de ônibus de Rio Branco foram oficiadas para saber se houve ou não a saída da mãe e filha do estado e também foi instaurado procedimento.
“Temos uma ideia da localização. Estamos confirmando para poder diligenciar lá. Uma das notícias é de Rondônia, temos informações prévias neste sentido, mas ainda falta confirmar. Algumas empresas responderam que não houve a saída delas. Estou aguardando o retorno de outras”, destacou.
Mendes também aguarda a família entregar laudos e documentos que possam comprovar que Ana Maria tem alguma deficiência. “Fizemos contato com a família para ver se tem algum documento ou laudo e saber a verdadeira condição da pessoa porque morava sozinha e criava uma criança de 11 anos. A família alega que a mãe é deficiente e precisamos saber se tinha acompanhamento e quem era o responsável por essa pessoa”, argumentou.
O delegado acrescentou que aguarda também a confirmação do suposto endereço onde Ana Maria e a filha possam ter sido vistas para acionar a polícia de Rondônia. “Vamos confirmar o endereço para quando diligenciar poder deslocar uma equipe para lá e não ser uma diligência perdida”, concluiu.
Portal G1 Acre