Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Tiroteio e queima de fogos marcam ‘tomada de território’ por facção na Cidade do Povo

Pessoas se feriram durante a troca de tiros

Os moradores do maior conjunto Habitacional do Acre, Cidade do Povo, sabem e sentem na pele como é a disputada de território entre duas organizações criminosas, uma situação que resulta em medo, insegurança e pânico.

No final da tarde desta quinta-feira, 6, na Cidade do Povo, teve início uma “tomada de território”, em que uma facção criminosa invadiu aproximadamente seis quadras do conjunto habitacional, que antes era de “domínio”, de uma facção rival.

Durante o confronto armado, um jovem de 20 anos foi atingido com um tiro na região das nádegas. Ele socorrido e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito.

No período da noite, uma outra vítima da disputa, um rapaz de 19 anos foi atingido com tiro na perna esquerda. A lesão fraturou o osso e ele foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Pronto Socorro de Rio Branco.

De acordo com informações a “guerra” da tomada de território foi comemorada com queima de fogos, durante a noite, em várias quadras do Conjunto Cidade do Povo. No primeiro vídeo, ainda de dia, os criminosos mostram muros das casas picadas com o nome da facção invasora em comemoração. Isso aconteceu na quadra 9, antes dominada por outra facção.

No período da noite, eles promovem a queima de fogos em várias quadras, com gritos de guerra, declarações e ameaças.
Tiroteio e queima de fogos marcam “tomada de território” por facção na Cidade do Povo

Enquanto alguns comemoravam a invasão na Cidade do Povo, inúmeros outros ex-integrantes de organização criminosa se arrependiam de seus atos e adentravam em uma igreja evangélica.

Porém esse ato somente é aceito pelas organizações, se for realizado por um grupo de pastores chamados Equipe 91 – esses pastores têm uma espécie de chancela das duas organizações criminosas para garantir o ato de desistência de uma pessoa que passará a ser ex-integrante e terá que efetivamente frequentar a igreja, podendo jamais retornar a ser integrante de uma organização criminosa, caso contrário será condenado a morte pelo “tribunal do crime”.

 

Sair da versão mobile