A decisão dos deputados da base governista na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na quarta-feira, 26, de derrubar a emenda que aumentava o valor do plantão dos técnicos de enfermagem do Estado do Acre de R$ 78 para R$ 101 gerou revolta entre a categoria.
A medida proposta pelo deputado Adailton Cruz, foi rejeitada por seis votos a quatro, seguindo a orientação do Palácio Rio Branco.
A presidente do Sindicato dos Profissionais e Auxiliares de Enfermagem e Enfermeiros do Acre (Spate), Alesta Costa, esbravejou contra os deputados na sala de reuniões e ameaçou greve geral da categoria.
Alesta enfatizou que a Saúde vai parar e que os técnicos de enfermagem também. Ela ressaltou que a remuneração de R$ 78 é insuficiente para os trabalhadores, que precisam trabalhar por 12, 24, 36 ou até 48 horas para complementar a renda e não passar fome.
A decisão dos deputados gerou indignação na categoria, que, segundo Costa, enfrenta condições precárias de trabalho e baixos salários.
“A atitude dos deputados da base governista é lamentável, pois prejudica não apenas os trabalhadores da Saúde, mas também a população que necessita dos serviços prestados por eles. A proposta não foi discutida com a categoria. A gente não foi incluído nesta demanda. Não ficaremos calados. Ficamos indignados com os parlamentares que votaram a favor do governo e não da categoria”, disse Alesta.
A sindicalista ressaltou que na próxima terça-feira, 2 de maio, a categoria irá definir o que irá fazer. “Não iremos aceitar ficar calados. Os profissionais de enfermagem de nível médio e técnico estão passando fome, morrendo doentes. Entregaram uma Lei sem discutir nenhuma com nenhuma categoria, e o da Saúde principalmente”, desabafou.