O naufrágio de uma balsa que transportava máquinas do tipo “pá carregadeira”, ao município do Jordão, há quase duas semanas, após a embarcação bater em um banco de areia nas imediações do seringal Mato Grosso, no Rio Tarauacá, é mais um capítulo do drama das cidades isoladas do Acre.
Para entender a dimensão do problema, é preciso compreender que Jordão é um dos municípios acreanos cujas sede só pode ser acessada por água ou pelo ar, assim como Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Santa Rosa do Purus.
Ou seja, a população dessas regiões enfrenta uma enorme dificuldade para se deslocar e acessar serviços essenciais, como Saúde, Educação e Segurança.
O prefeito de Jordão Naudo Ribeiro (PSD), frisou que as máquinas permanecem no local do naufrágio, que ocorreu no dia 21 de abril, e que devido a essa situação, os trabalhos de infraestrutura no município estão comprometidos.
“Jordão está enfrentando grandes dificuldades para fazer investimentos de infraestrutura. Os serviços de abertura e pavimentação de ruas são exemplo disso, as condições estão muito ruins, nós temos lançado várias licitações e muitas resultam desertas, pois as empresas não querem vir para cá por conta dessa dificuldade para transportar insumos para a cidade”, desabafou o gestor.
Ribeiro disse que acidentes do tipo não são incomuns na rota entre Tarauacá e Jordão, inclusive com o registro de óbitos. A viagem por água pode durar de 15 e 18 dias.
Sobre a retirada do equipamento do fundo do rio, a Transportadora RI, contratada por R$ 40 mil para fazer o transporte do equipamento, se responsabilizou pela retirada das máquinas do local, porém não deu prazo exato.
Com informações ac24horas