Durante quatro dias, o Comitê Chico Mendes e a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), em parceria com a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC), a Associação dos Produtores e Produtoras do Seringal Floresta e Adjacências (ASPAFA), o Coletivo Varadouro e a Associação Feminina Força da Mulher Rural do Rio Liberdade (Associação Mulher Flor), promovem, em Xapuri, duas oficinas voltadas a Jovens Comunicadores Ativistas – viabilizando intercâmbios de conhecimentos entre jovens extrativistas e indígenas, no âmbito e contexto da Aliança dos Povos da Floresta.
As formações iniciaram nesta terça-feira, 17, e se estendem até a próxima sexta-feira, 19. A iniciativa reúne cerca de 60 jovens de diferentes Territórios da Reserva Extrativista Chico Mendes e das Terras Indígenas Poyanawa, Nukini, Kaxinawá da Praia do Carapanã, Kaxinawá do Baixo Rio Jordão e Mamoadate, além de jovens do contexto urbano de Xapuri, Plácido de Castro e Rio Branco.
O principal objetivo das oficinas é oferecer a jovens lideranças ferramentas de comunicação e engajamento para levar o ativismo a um nível mais estratégico, com possibilidades de incidência nacional e internacional.
Ao amplificar as vozes das organizações de base das comunidades tradicionais e povos originários de territórios amazônicos potencializamos suas condições de influenciar políticas públicas e práticas de mercado que levam em consideração soluções locais para catalisar um modelo de desenvolvimento econômico que fortalece as lutas e capacidades de atuação e intervenção nas agendas culturais, socioambientais e climáticas, por meio do ativismo e da comunicação, contribuindo assim com a conservação da biodiversidade e com o bem-estar das pessoas, das Amazônias e da Terra.
As ações de formação contam com duas oficinas: arte, pensamento e ação, ministrada pelos profissionais da área da Cultura e da Comunicação: Marcos Luanderson e Pate Saturno, e Comunicação como Meio de Transformação, ministrada pela comunicadora Ana Luiza Lima.
Por meio da oficina de expressão corporal, os jovens são convidados a explorar formas de comunicação não verbal, utilizando o corpo como instrumento de expressão e empoderamento. Por sua vez, a oficina de comunicação visa ao aprimoramento da capacidade de expressão de ideias (clareza, criatividade, protagonismo, assertividade e persuasão, entre outras habilidades) dos participantes, que se envolvem ativamente nos processos de tomada de decisão de suas organizações.
Esta ação faz parte do projeto Proteção de Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil, financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, por intermédio da rede WWF. A realização é feita por um consórcio de parceiros formado por Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), Comitê Chico Mendes, Fiocruz, Fiotec, Imaflora, Kanindé, Pacto das Águas, Projeto Saúde e Alegria (PSA) e WWF-Brasil.
Assessoria CPI-Acre e Comitê Chico Mendes