O Porto de Chancay, que está sendo construído na região de mesmo nome, no Peru, próximo à capital Lima, será uma importante instalação para diminuir custos na exportação e importação de bens, e um dos estados beneficiados pode ser o Acre.
Na manhã desta quarta-feira, 10, empresários acreanos e representantes do governo visitaram o canteiro de obras do porto, para conhecer e entender o tamanho e importância da construção para toda a região.
O estado do Acre, que atualmente depende do transporte do Norte até o Sul do país, por meio de rodovias federais, teria um corte de custo considerável no valor dos fretes, visto que a distância até Lima é de pouco mais de 1.800 quilômetros, menor do que o deslocamento até o Porto de Santos.
Para o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanipal Mesquita, a consolidação do corredor interoceânico e a conclusão do Porto de Chancay irão favorecer o Acre.
“O Acre tem potencial para se tornar um corredor de exportação e importação. Custos e tempo de transporte vão ser significativamente diminuídos com a conclusão desse porto”, explicou.
De acordo com o gerente-geral do projeto do porto, Carlos Tejada, a obra será concluída no segundo semestre de 2024.
“Será um porto internacional. A previsão de conclusão é entre setembro e novembro de 2024. Esse novo investimento servirá também para aliviar o Porto de Callao, que está muito saturado”, conta.
A construção é realizada por meio de uma parceria entre a empresa chinesa Cosco Shipping e a Volcan, empresa peruana. Cerca de 1.500 pessoas trabalham diariamente na construção, que tem a previsão de movimentar R$ 1.3 bilhões inicialmente.
O empresário e presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), Marcello Moura, declarou a intenção de criar uma empresa com a comitiva que visitou o Peru para iniciar a operação na rota interoceânica.
“Já temos toda uma estrutura lançada pela Dom Porquito, que recentemente começou a atuar nessa região. Então, já na próxima semana, vamos iniciar conversas para a criação de uma empresa acreana que atue entre o Brasil e o Peru”, contou.