No Acre, a Polícia Civil do (PCAC) tem desempenhado um papel fundamental no combate à exploração sexual infantil, especialmente durante o mês de maio, conhecido como “Maio Laranja”. A instituição tem fortalecido suas ações e esforços para investigar e reprimir casos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes.
Por meio das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) e Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Decav) a Polícia Civil concentra seus recursos e equipes especializadas no enfrentamento desse tipo de crime. Essas unidades dedicam-se a apurar denúncias de abuso sexual, exploração sexual, pornografia infantil e outros delitos relacionados, sempre priorizando a proteção das vítimas.
De acordo com o Delegado-Geral da PCAC, Henrique Maciel, a instituição trabalha em estreita colaboração com outros órgãos e instituições envolvidos na proteção e assistência às vítimas, como o Ministério Público, o Poder Judiciário, a Secretaria de Assistência Social e os Conselhos Tutelares. “Essa parceria é essencial para garantir uma resposta integrada e eficaz diante dessas situações delicadas”, disse o chefe de polícia.
O delegado Alberto Dalacosta, da Decav, discorre que em maio foram realizadas diversas ações que resultaram em cinco prisões de pessoas já condenadas pelo crime de estupro de vulnerável. “Estamos trabalhando de forma intensa para coibir qualquer tipo de crime, mas solicitamos à sociedade que denuncie esses criminosos.
Para acolher melhor as vítimas que sofreram ou sofrem algum tipo de abuso sexual, a PCAC criou desde 2021 o projeto “Bem-Me-Quer” que institui a padronização da estrutura do ambiente, recepção, acolhimento e atendimento às vítimas de violência no âmbito de Polícia Civil do Estado do Acre. As crianças vítimas são atendidas em uma sala aconchegante que as deixem à vontade para relatarem tudo o que ocorreu.
O projeto “Bem -Me-Quer”, foi idealizado pela delegada de Polícia Civil Mariana Gomes, e funciona atualmente em quatro cidades do interior do Acre: Sena Madureira, Manoel Urbano, Senador Guiomard e na cidade isolada de Santa Rosa do Purus, e a tendência é que se estenda para todo o interior do estado e localidades que não dispõem de especializadas.
“Esse projeto demonstra um grande avanço e reforço do comprometimento da PCAC no combate a crimes tão sensíveis e infelizmente frequentes, especialmente no interior do Estado, pois devemos ter um olhar diferenciado para as vítimas e atender aos comandos legais protetivos”, explicou a delegada.
A Polícia Civil também enfatiza a importância da prevenção, por meio de palestras, workshops e capacitações direcionadas a professores, pais e responsáveis. Essas atividades visam orientar e alertar sobre os sinais de abuso, os cuidados necessários e a forma correta de agir diante de situações suspeitas.
O combate à exploração sexual infantil é uma responsabilidade de toda a sociedade, e a Polícia Civil do Acre tem se empenhado em exercer seu papel de forma eficiente. Entretanto, é necessário o envolvimento e a participação ativa de todos os cidadãos, para que juntos possam garantir um ambiente seguro e protegido para as crianças e adolescentes, livres do abuso e da exploração sexual.