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Fluência, competência e visão estratégica!

Ser fluente numa língua é ter habilidade para se comunicar e ser entendido. Compreender e ser compreendido. É ter capacidade para ler, escrever, falar e ouvir ao ritmo de um rio que flui.

Às vezes fico na dúvida se sou fluente em português, minha língua pátria. Sinto isso toda vez que me deparo com expressões que não compreendo, quando digo ou escrevo coisas que não são entendidas ou quando minhas ideias são mal interpretadas.

Quando gosto de uma música costumo ouvi-la repetidas vezes até entender o seu significado. E se decido aprendê-la o número de repetições será muito maior. O processo é exaustivo, demorado, com muitas escutas e anotações até chegar ao nível da memorização.

Isso tudo em português, que é a língua que pratico desde que nasci. Se vou para o inglês, o grau de dificuldade só aumenta. Mas o processo é o mesmo: ouvir repetidas vezes, pesquisar a letra, anotar até dominá-la.

Na minha experiência como senador e depois como membro do Conselho Diretor da Anatel fiz parte de diversas missões internacionais. Participei de algumas conferências da ONU e de alguns congressos mundiais com milhares de pessoas falantes de diversas línguas. A maioria delas fazendo esforço para se comunicar em inglês, superando deficiências e atropelando modelos padronizados. Como é diverso o inglês praticado no mundo!

Pude observar em todas essas ocasiões que sempre há tradução simultânea através de fones multicanais para melhor acompanhamento de palestras e pronunciamentos, e que boa parte das autoridades prefere falar na língua pátria por segurança ou por valorização e respeito à sua cultura.

Nas reuniões bilaterais ou multilaterais sempre há a mediação de pessoas do corpo técnico e diplomático para ajudar no entendimento pleno das conversações.

Em síntese, ainda que o domínio da língua inglesa seja fundamental para algumas carreiras de Estado, não precisamos fazer disso uma barreira de acesso às funções estratégicas de natureza política.

Vejamos o exemplo do presidente Lula. Além de maior campeão de votos de todos os tempos da política brasileira, ele é a pessoa entre nós que melhor se comunica com o mundo, em todas as línguas, a partir do nosso português, defendendo o protagonismo e a competitividade do Brasil e fazendo nosso país conhecido e respeitado em todos os continentes.

É das viagens e interações internacionais do presidente da República, que voltaram com toda força no governo Lula, que acontecem os grandes acordos comerciais que podem alavancar a venda de nossos produtos e elevar o volume das nossas exportações.

O mesmo pode ser dito do presidente da APEX, o engenheiro florestal Jorge Viana, um líder de sucesso comprovado em várias experiências excepcionais na política, onde foi prefeito, governador e senador; e no mundo da indústria de alta tecnologia e comércio internacional, onde atuou por quatro anos como presidente do Conselho Deliberativo da Helibras e teve um desempenho de excelência.

Sua missão como presidente da Apex é somar esforços com diretores, gerentes, coordenadores, gestores de projetos e corpo técnico para a promoção de empresas e produtos nacionais no mercado externo.

A Apex tem muito a fazer para ajudar a melhorar a imagem do Brasil, extremamente desgastada durante o governo Bolsonaro. O Brasil precisa reconquistas ambientes comerciais estratégicos para que os produtos nacionais tenham mais aceitação, a balança comercial seja mais favorável, haja mais conquista de divisas e patentes, e se multipliquem as oportunidades de empregos e empreendimentos.

Para essa missão Jorge Viana, que é inteligente e se comunica bem em todos os ambientes, inclusive em inglês, está plenamente preparado. Sua visão estratégica e conhecimento dos mercados serão ativos fundamentais para o crescimento e maior visibilidade do Brasil e da própria Apex no mundo.

Nesses quase cinco meses de governo Lula e de presidência de Jorge Viana na Apex já foram dados bons sinais ao mundo de que o Brasil voltou como parceiro comercial confiável, que respeita o meio ambiente, promove o desenvolvimento sustentável, os direitos humanos, o equilíbrio de gênero e a governança!

Esperamos que a decisão cautelar da juíza federal de Brasília seja suspensa pelo TRF1, nos termos requeridos pela Advocacia Geral da União, e que o belo trabalho do Jorge Viana à frente da APEX tenha continuidade!

O Brasil está muito bem servido de técnicos com fluência em língua estrangeira no seu corpo diplomático e na Apex. Vamos potencializar esses ativos com a presença de líderes com experiência política e visão estratégica para fazer nosso país muito mais presente e competitivo no mercado global.

Aníbal Diniz, 60, Advogado (OAB-DF) e jornalista provisionado. Graduado em História pela UFAC. Foi conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel até outubro de 2019. Atuou no jornalismo (1984 e 1992), foi secretário de comunicação da Prefeitura de Rio Branco (1993-1996) e do Governo do Estado do Acre (1999-2010), e Senador da República (2011 e 2014).

 

 

 

 

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