Além do diretor da Cooperativas dos Extrativistas do Acre, a Cooperacre, Manoel Monteiro, quem também integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como Conselhão, recriado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é o acreano Júlio Barbosa de Aquino.
De Xapuri, Júlio, que foi companheiro de luta de Chico Mendes, é o atual presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e já compôs o time do Conselhão, instrumento que marcou as primeiras gestões petistas – e tinha sido extinto pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).
O espaço foi recriado por decreto, assinado em um evento em Brasília, na quinta-feira, 4, e é “destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade”, segundo nota do Planalto.
“Em 2003, quando o Conselhão foi criado, eu participei. Naquela época, eram menos de 100 instituições que tinham assento. Com a recriação do conselho, que passou a agregar o sustentável também, eu fui convidado, mais uma vez, como representante da minha categoria, que são as populações extrativistas do Brasil”, destacou Júlio.
Para o líder extrativista, o Conselhão tem uma papel fundamental para uma gestão democrática.
“É um espaço de escuta do presidente, sobre o que pensa o Brasil. Além disso, na sua estrutura, há espaço para a criação de câmaras temáticas ou grupos de trabalhos que vão debater temas, auxiliando no assessoramento do governo federal. E o nosso papel, nesse conselho, é contribuir com políticas públicas para as populações extrativistas”, frisou.