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Criança de Feijó com doença rara é transferida para Rio Branco; prefeitura é acusada de omissão e caso será investigado pelo MPAC

Na zona rural de Feijó, o caso de uma doença rara de pele, diagnosticada em uma criança de 3 anos, chamou a atenção e foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).

O alerta foi dado pela vereadora Terezinha Moreira (PL), durante a sessão ordinária de segunda-feira, 8, na Câmara Municipal. A parlamentar tomou conhecimento do ocorrido através de um vídeo que lhe foi encaminhado.

“A criança é constantemente coberta por um cortinado, para evitar que moscas pousem nas feridas. Fui procurada por uma conhecida, que sabia da situação. Denunciei a omissão da prefeitura, porque a balsa hospitalar que realiza atendimentos itinerantes nas comunidades ribeirinhas esteve lá há cerca de um mês atrás, atendeu o menino, mas não encaminhou o caso para tratamento”, ressaltou Moreira.

Além do MP, que pretende tomar medidas adequadas em relação ao atendimento e tratamento da criança, a denúncia também foi formalizada ao delegado do município, Railson Ferreira, que encaminhou o caso à promotora da Comarca de Feijó, Bianca Bernardes.

“Ao tomar conhecimento do caso, me comovi e, imediatamente, encaminhei e ofereci suporte ao MP, para que as medidas necessárias fossem tomadas o mais urgente possível, a fim de responsabilizar o Poder Público para que a criança pudesse receber atendimento”, disse o chefe de polícia.

Resgate da criança

Após tomar conhecimento do caso, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) providenciou o resgate da criança, por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), na Comunidade Monte Verde, localizada às margens do Rio Envira, distante aproximadamente um dia de viagem de canoa e, em média, 4 a 5 horas de voadeira.

Na terça-feira, 9, o menor deu entrada no Hospital de Feijó e, na manhã desta quarta-feira,10,, foi transferido de avião para Rio Branco, onde está internado no Hospital da Criança.

O paciente, identificado como E.S.N, apresenta um quadro clínico de dermatite bolhosa, com lesões e crostas por todo o corpo há, aproximadamente, dois meses. A prefeitura de Feijó ainda não se providenciou sobre o assunto.

 

 

 

 

 

 

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