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‘Não é o mesmo carrapato comum do cão’, diz infectologista do Acre sobre febre maculosa

Em um vídeo postado nas redes sociais, o médico infectologista Thor Dantas deu detalhes sobre a transmissão e os sintomas da febre maculosa, conhecida popularmente como doença do carrapato. O assunto teve muito destaque em Rio Branco esta semana, principalmente por informações ‘desencontradas’ em relação à enfermidade.

“Primeiro comentar que é uma doença transmitida pelo carrapato silvestre. O carrapato do cavalo e da capivara. Não é o mesmo carrapato comum do cão. Segundo: dizer que é uma doença rara. Corre em média uns 160 casos por ano no Brasil, a maioria deles é concentrado principalmente na região sul, sudeste e de Mata Atlântica. Com alguns surtos de vez em quando, principalmente no interior de São Paulo”, frisou Dantas .

O especialista ressaltou que o problema dessa doença é que no início ela se parece muito com qualquer outra doença febril.

“O diagnóstico passa despercebido. Se tratada no início a evolução é boa, mas se demora muito pra ser tratada, em fase mais tardia, a letalidade é alta, chega a 60 %. A doença ainda não foi identificada na região Amazônica”.

Thor falou sobre a possível transmissão da doença através das capivaras que circulam em diferentes áreas da cidade, principalmente na região da Ufac.

“A gente tem aqui as capivaras, tem os carrapatos, mas a bactéria não está circulando entre eles. A bactéria não foi identificada entre nós, ainda. O que a gente precisa do ponto de vista da saúde humana, é manter os estudos regulares, buscando a doença no carrapato pra identificar a circulação da bactéria antes de ocorrer casos entre seres humanos. Assim, a gente se prepara pra uma eventual chegada dessa bactéria entre nós”.

Apesar de não ter registros da doença no Acre, o infectologista pede que à população tenha prudência.

“De qualquer forma, vale a dica de sempre. Quem fizer atividade na área de parque, de mata ou de floresta, buscar no corpo pra ver se identifica algum carrapato. Eles são bem pequenininhos. São como mucuim e maruins. Se tiver, tire com uma pinça puxando pela parte mais perto da pele, assim você evita dele soltar a saliva que é de onde vem a bactéria”.

O infectologista concluiu enfatizando que, os que tiverem sintomas de febre e que estiveram em área que tem carrapato, procurem uma unidade de Saúde.

Assista ao vídeo:

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