Os servidores da educação municipal de Cruzeiro do Sul completam, nesta quinta-feira, 20 dias da greve, iniciada no dia 2 de junho, como forma de pressionar o prefeito Zequinha Lima (Progressistas) a realizar o reajuste salarial, definido pelo piso nacional do magistério.
Todas as escolas urbanas do município estão com as aulas paradas por conta da reivindicação, somando mais de 11 mil alunos sem aula desde o início do mês de junho. Cerca de 1.200 professores de Cruzeiro aderiram a greve, que seguirá por tempo indeterminado.
Segundo o Sinteac, os profissionais só vão retornar às salas de aula quando o prefeito anunciar o reajuste do piso salarial do magistério. A secretária de Educação da Prefeitura defende que se houver propostas de reajuste, é possível que o município não consiga arcar com os pagamentos, que podem ser atrasados.
O piso nacional do magistério prevê um salário de R$ 4.420 para a jornada de 40 horas de trabalho, e R$ 3.315 para a jornada de 3 horas. Referente ao salário pago pela prefeitura do município, é necessário um reajuste de 14,9% para igualar o pagamento ao piso salarial anunciado pelo Ministério da Educação no início do ano.
Segundo Pedro Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) de Cruzeiro do Sul, a reivindicação também integra professores provisórios que cumprem os horários semanais.