O venezuelano Giraldo Rodríguez foi solto durante audiência de custódia na última quinta-feira (8). A Justiça do Acre impôs algumas medidas cautelares, entre elas a proibição de deixar o território acreano, no lugar da prisão preventiva. Rodríguez foi preso em flagrante na quarta (7) durante atendimento em uma clínica particular de Tarauacá, interior do Acre.
Ele é suspeito de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. Ele fazia atendimentos como ortopedista sem possuir o registro do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM -AC). Além disso, no momento da prisão, Rodriguez entregou o CRM de um médico de São Paulo (SP).
Segundo as investigações, Rodríguez mora em Rio Branco e ia para Tarauacá pelo menos uma vez no mês para atendimentos ortopédicos em uma clínica particular da cidade. A Polícia Civil começou a investigar o caso após receber uma denúncia alertando que o suposto médico estaria usando o CRM de um profissional do Acre.
Em depoimento, ele contou que estudou medicina na Bolívia e fez a especialização em ortopedia no país. Além disso, Rodríguez disse que fez o primeiro exame do Revalida em 2020. No ano seguinte, reprovou na segunda etapa e que não voltou a refazer a prova por falta de recursos.
A versão é confirmada pelo advogado dele, Júnior Feitoza. A defesa afirmou que o venezuelano voltou para a Rio Branco, onde tem residência fixa. A defesa alega que o imigrante foi induzido ao erro por um advogado de fora do estado.
“Ele é médico, não é um falso médico. Ele não pode atuar no Brasil, é médico formado no exterior, mas não tem CRM. Ele estava no processo de Revalida com essa advogado que veio de fora, que disse que ele poderia utilizar [CRM do médico de São Paulo], então, foi induzido ao erro”, acrescentou.