Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Ministra do STJ avalia pedido da PF para renovar medidas cautelares da Operação Ptolomeu

Ministra do STJ avalia pedido da PF para renovar medidas cautelares da Operação Ptolomeu

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, avalia nesta sexta-feira, 2, a possibilidade de renovação das medidas cautelares que afastaram servidores, secretários de Estado do Governo do Acre dos cargos públicos, além de proibições a demais investigados pela Polícia Federal no inquérito da Operação Ptolomeu, que apura supostos crimes que teriam sidos cometidos na atual administração.

O pedido de renovação das medidas cautelares deferidas em março de 2023, na execução da 3ª fase da Operação Ptolomeu, foi feito pela Polícia Federal. Caso a decisão seja favorável, as medidas podem ser renovadas por até 180 dias.

Caso a relatora do processo acate integralmente o pedido da PF, o governador Gladson Cameli (PP) será obrigado a entregar novamente o seu passaporte e ficará proibido de fazer viagens internacionais. Em abril, o STJ havia decidido devolver o passaporte de Cameli, mas convencionou isso para que caso necessário viajar, Cameli peticionasse solicitando autorização para viagem.

Entre as medidas cautelares contra o governador estão a proibição de contato com outros investigados da operação. O Ministério Público ainda não ofereceu denúncia contra os investigados. Inicialmente, os afastamentos cessariam no dia 9 de junho, portanto, teoricamente, todos poderiam voltar à rotina normal de trabalho.

O pedido, feito pelo delegado Pedro Henrique do Monte Miranda, visa, entre outras coisas, que a Procuradoria-Geral da República tenha acesso, com urgência, às novas informações apuradas pelos investigadores da polícia judiciária. Após isso, pede que o Ministério Público Federal (MPF) se manifeste sobre os pedidos, evitando que as cautelares caiam sem que as novas regras sejam autorizadas pela ministra do STJ. O processo corre no STJ porque o governador acreano é um dos investigados.

“As empresas que possivelmente causaram prejuízos milionários ao Estado do Acre estarão aptas a participar de procedimentos licitatórios e contratar com o poder público novamente. Os funcionários públicos afastados de seus cargos estarão aptos a ocupar suas funções novamente, beneficiando as empresas proibidas de contratar com o poder público acreano”, alega o delegado federal, ao pedir a renovação das medidas que, segundo ele, são emergentes para o continuar da investigação policial.

Com informações do Notícias da Hora

Sair da versão mobile