A Polícia Civil do Acre (PCAC) promoveu um encontro especial para adolescentes que foram vítimas de estupro. A iniciativa do delegado de polícia, Alberto Dalacosta, que conta com o apoio da Instituição, visa oferecer suporte emocional, orientação jurídica e psicológica, além de conscientizar sobre os direitos das vítimas e encorajar a denúncia desses crimes.
A reunião, promovida sexta-feira, 2, nas dependências da Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (DECAV), foi batizada de “Reconstruindo Sonhos”. O encontro contou com o apoio da psicóloga Sarah Fahat, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e outras entidades convidadas.
Ao todo, 15 adolescentes vítimas de estupro, entre 11 a 15 anos de idade, participaram da atividade, que englobou roda de conversa, dinâmica, filme. As jovens receberam o carinho e apoio do poder público, demonstrando que, além do apoio das famílias, a sociedade civil organizada está de portas abertas para acolhê-las.
Durante as conversas, foram abordados diversos temas, como os efeitos psicológicos do abuso sexual, os procedimentos legais para denúncia e investigação, bem como os recursos disponíveis para ajudar na recuperação das vítimas. Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e receber orientações.
“A importância de criar um ambiente de confiança para que os adolescentes se sintam encorajados a falar sobre o ocorrido, muitas vezes as vítimas de estupro se sentem envergonhadas ou até culpadas, o que pode dificultar a busca por ajuda. Queremos que elas saibam que não estão sozinhas e que estamos aqui para apoiá-las em todo o processo”, afirmou Alberto Dalacosta.
De acordo com a psicóloga Sarah Fahat, o projeto Reconstruindo Sonhos demonstra a preocupação e o comprometimento das autoridades em oferecer apoio integral às vítimas de estupro, além de buscar a conscientização e a prevenção desse tipo de crime.
“Buscamos ajudar as vítimas a reconstruir sua autoestima, lidar com sentimentos de culpa e vergonha, reduzir sintomas de ansiedade e depressão, e reconstruir sua confiança e senso de segurança”, explicou Sarah Fahat.
Diante da gravidade e complexidade dos traumas decorrentes do estupro, é fundamental que as vítimas recebam acompanhamento psicológico especializado. Esses encontros proporcionam um espaço seguro e confidencial, no qual as vítimas podem expressar suas emoções, lidar com os efeitos psicológicos do trauma e trabalhar no processo de cura.