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Apesar do aumento de casos de febre maculosa no país, Acre não registra pessoas infectadas

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Nos primeiros seis meses deste ano, o Brasil registrou 49 casos de febre maculosa, apontou levantamento do Ministério da Saúde (MS). Desse total, seis evoluíram para a morte do paciente. No ano passado, foram registrados 190 casos da doença no Brasil, com 70 mortes.

No Acre, apesar de ainda não ter sido descrito infecção pela enfermidade, estudos têm sido realizados sobre a fauna de carrapatos com a finalidade de identificar as espécies e os possíveis patógenos que estes ectoparasitas possam disseminar.

“A doença não tem registro no Acre, porém pode ser introduzida em nosso ambiente. O covid-19 é o melhor exemplo para isso. Claro que a febre maculosa é uma enfermidade com a transmissibilidade mais restrita, pois depende de um vetor, mas pode ocorrer. Ela é considerada como uma síndrome infecciosa, como dengue, gripe e malária, que também pode levar a casos graves”, salientou o infectologista Eduardo Farias.

Doutor Thor Dantas, outro especialista na área, também falou a respeito da febre.

“A febre maculosa não é uma doença de elevada ocorrência, mas está bastante concentrada na região Sudeste, muito em São Paulo, principalmente no interior paulista. E, mesmo lá, não é uma doença muito comum, embora ocorram casos todo ano. Um dos problemas é que é uma doença de difícil diagnóstico, e, quando os sintomas se iniciam, já tardiamente, os casos já são graves, e a letalidade é mais alta, chegando a 80%”, enfatizou o infectologista.

Dantas salientou que na região Amazônica, a doença ainda não foi identificada. “Embora exista carrapato, o que infecta é o carrapato silvestre que pode migrar de outros ambientes para os animais domésticos”.

A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável. A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida principalmente pela picada do carrapato-estrela, comum na região do Cerrado e em áreas degradadas da Mata Atlântica. A presença do transmissor é mais recorrente em beira de rios.

A transmissão não ocorre de pessoa para pessoa. A infecção acontece após o carrapato ficar fixado na pele do paciente por ao menos quatro horas.

O período de incubação – intervalo entre a data do primeiro contato com a bactéria até o início dos sintomas – da febre maculosa é de 2 a 14 dias. Portanto, é importante considerar as exposições ocorridas nos últimos 15 dias antecedentes ao início de sintomas.

 

 

 

 

 

 

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