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Criança com autismo quase se enforca em escola pública de Rio Branco

Por muito pouco, uma tragédia não aconteceu em uma escola infantil da capital acreana por falta de cuidador. Uma criança, de apenas 4 anos, poderia ter morrido enforcada.

De acordo com o ac24horas, o caso foi registrado na escola infantil Cecília Meireles, bairro Nova Esperança, no último dia 19 de junho. A criança, diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ia se enforcando com um barbante que colocou em volta do pescoço. O caso foi levado à polícia civil e a lesão foi confirmada por meio de um exame de corpo delito.

“Meu filho estava na creche e o que me foi informado é que enquanto a professora arrumava um armário, meu filho colocou um barbante no pescoço e acabou se ferindo. Um coleguinha do meu filho foi quem avisou a professora que meu filho estava com o barbante no pescoço” relatou Carla Cíntia de Oliveira, mãe da criança.

A turma na qual a criança estuda tem 18 crianças em sala de aula, dessas, três já possuem diagnósticos do TEA e uma outra está passando por investigação.

“É difícil demais essa situação. Minha filha, assim como outras crianças, tem um laudo que pede um cuidador/mediador e mesmo assim nada foi feito até agora. A prefeitura mandou um avaliador que comprovou que as crianças precisam desse profissional, mas desde o início das aulas até hoje o profissional não apareceu”, afirma Jucelia Vitoriano, mãe de uma criança diagnosticada com TEA.

A Lei Federal 12.764/2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, assegura o acompanhamento especializado conforme as necessidades, visando facilitar seu acesso à educação.

A falta de profissionais foi denunciada pelas mães ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC). Ao ac24horas o secretário adjunto da educação municipal, Paulo Machado, admitiu a necessidade da contratação de mais cuidadores.

“A necessidade de cuidador é real, mas não é negligência da secretaria. Temos feito diversas publicações com chamamento de profissionais para essa demanda crescente para atender crianças especiais, mas essas convocações têm dado fracassadas. Faremos mais uma convocação e com o processo seletivo que acontece agora na primeira semana de julho acreditamos que vamos conseguir suprir essa necessidade em breve”, afirmou.

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