Estudantes do campus Cruzeiro do Sul, do Instituto Federal do Acre (Ifac), estão na fase final da 15ª Olimpíada Nacional de História do Brasil (15ª ONHB), que acontece nos dias 26 e 27 de agosto, em Campinas (SP). As duas equipes foram orientadas pela docente do Ifac, Blenda Cunha Moura.
No Acre, somente três equipes foram classificadas para a etapa nacional da 15ª ONHB. A última fase da Olimpíada Nacional de História do Brasil contará com a participação de 340 equipes de todos os estados brasileiros.
Conforme explica a professora Blenda Moura, a equipe “MPpop”, formada pelos alunos Pedro Gabriel, Sávio Monteiro e Hilario Marcolis, conquistou o 1º lugar na fase estadual e garantiu a vaga para a competição nacional. Além disso, por também terem alcançado as melhores notas nas fases locais, os jovens foram contemplados com patrocínio da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para participarem da fase final.
A equipe “Império Acreano”, formada pelas alunas Vanessa Silva, Alessa Lima e o estudante Felipe Amaral, também se classificou entre as melhores do Acre e irá integrar o time acreano na última etapa da 15ª ONHB. Para a fase final, os alunos seguem sendo orientados pela professora Blenda Moura, que agora está trabalhando em um programa de estudos focado na ONHB.
Organizada pela Unicamp, a Olimpíada Nacional de História do Brasil acontece desde 2009. Como docente, Blenda Moura conta que participa do evento desde sua primeira edição, quando ainda atuava em Manaus (AM). “Participo todos os anos da competição e ela contribuiu para a minha formação em sala de aula, pois é uma olimpíada que trabalha com muita documentação, análise de imagens, de textos e questões. Minha docência é atravessada pela ONHB”.
Sobre a participação do Ifac, a professora do campus Cruzeiro do Sul destaca que a instituição está presente na competição desde 2014 e sempre levando equipes para a fase final. “Em 2018, por exemplo, ganhamos medalha de prata. Na época, nossos alunos competiram a última etapa da ONHB com mais de 300 equipes do Brasil”.
Fases da ONHB
A ONHB conta com seis fases online, que nesta edição foram realizadas entre maio e junho. Cada etapa da olimpíada tem uma semana de duração e prevê questões de múltipla escolha e realização de tarefas.
Os conteúdos apresentados nas questões, além de focarem a História do Brasil, trazem assuntos nas áreas de geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo, atualidades, por exemplo.
Devido ao formato interdisciplinar, a ONHB oferece aos estudantes e professores a oportunidade de discutir temas que nem sempre são abordados em sala de aula ou estão presentes nos livros didáticos.
“Esse ano, as tarefas propostas na competição foram relacionadas às questões indígenas. As equipes tinham que escolher uma etnia e abordar os aspectos culturais. Nossos alunos optaram por falar sobre os Ashaninkas. Agora, para a fase nacional, os participantes irão analisar documentos históricos e redigir textos. Será com base na pontuação final que as melhores equipes serão premiadas”, explica Blenda Moura.
Além de ser uma ação de incentivo ao ensino de ensino de História do Brasil, a ONHB é uma competição que também faz parte do edital “Vagas Olímpicas” da Universidade Estadual de Campinas. Conforme o desempenho, os participantes podem concorrer a duas vagas no curso de graduação em História da Unicamp, sem passar pelo vestibular.
A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.