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‘Foi brincadeira’, diz mulher solta em audiência após ser presa por homofobia contra procurador da República

Nesta segunda-feira, 24, a autônoma Nathane Julia dos Santos, de 30 anos, foi solta após audiência de custódia. A mulher estava detida desde a madrugada do último domingo, 23, sob suspeita de praticar homofobia contra um procurador da República do Acre.

Em seu depoimento, Santos alegou que a situação foi uma ‘brincadeira’ e um ‘mal-entendido’.

O caso teve início no Mercado do Bosque, na Capital, onde o procurador estava com amigos e seu companheiro. Enquanto comprava um lanche, Nathane se aproximou e cutucou o procurador no ombro, fazendo uma pergunta ofensiva: “Quanto porcento de Barbie Girl você é?”

O magistrado não respondeu, mas se sentiu ofendido com a situação e retornou para sua mesa, onde compartilhou com os amigos o ocorrido, o que resultou em uma discussão envolvendo os amigos do procurador, a suspeita e seus acompanhantes.

A vítima relatou que, em seguida, Nathane pegou o celular para gravá-lo e passou a dizer que tinha amigos na polícia e que nada aconteceria com ela. Foi a própria mulher quem chamou a polícia. O marido do procurador também acionou o 190, e todos os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Flagrantes (Defla).

Nathane confirmou ao delegado de plantão que tinha saído com amigos de um barzinho para ir lanchar no Mercado do Bosque. Segundo ela, durante a conversa com seus colegas, fez uma ‘brincadeira’, dizendo: “tá todo mundo junto e todo mundo é Barbie Girl”.

Ela alegou que sua fala não foi direcionada a ninguém especificamente, mas que as pessoas da mesa ao lado se sentiram ofendidas. Julia disse que chamou a polícia porque se sentiu ameaçada. Santos também declarou ter uma filha de 3 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), totalmente dependente dela, que estava sob os cuidados da tia.

 

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