O Acre teve 101.410 lares que saíram da linha da pobreza por meio do programa Bolsa Família em junho, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social divulgado na última quarta-feira (12). Conforme os dados, o Acre tem o sexto maior índice da região norte, à frente apenas de Roraima, que teve 57.046 famílias.
De acordo com o Governo Federal, o relançamento do programa, em março deste ano, levou o Bolsa Família a ser o principal responsável por elevar a renda da população mais vulnerável.
A nível nacional, 18,5 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza por meio do programa de transferência de renda. O maior índice foi o da Bahia, com 2,26 milhões de família.
“Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza”, afirmou o ministro Wellington Dias.
Segundo maior valor médio
Naquele mês, o valor médio do Bolsa Família entrou em vigor e os mais de 130 mil beneficiários do Acre também tiveram reajuste no valor do benefício. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, o estado registrou o segundo maior valor médio do país em junho.
O governo passou a pagar R$ 142 por integrante de cada família. Em lares com menos de quatro pessoas, o valor mínimo de R$ 600 permanece, calculado de forma individual. Somado a isso, continuarão a ser pagos R$ 150 por criança entre 0 e 7 anos incompletos.
Quem tem direito
Para receber o benefício, o governo determina algumas regras:
- A família precisa ter renda per capita (por pessoa) que seja classificada na condição de pobreza ou de extrema pobreza. A nova legislação prevê renda de até R$ 282 por pessoa.
- Também tem que estar com dados atualizados no Cadastro Único, base do governo com as pessoas em situação de vulnerabilidade.
Condicionantes: O governo afirmou que os beneficiários vão ter que arcar com contrapartidas, como:
- manter crianças de 4 a 5 anos com frequência escolar mínima de 60%;
- manter 75% de frequência escolar mínima para jovens de 6 a 18 anos de idade e para quem não concluiu a educação básica;
- fazer o acompanhamento pré-natal (no caso de gestantes);
- manter as carteiras de vacinação atualizadas da família inteira.